Pais pedem apoio para a volta do transporte escolar

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Pais pedem apoio para a volta do transporte escolar

Famílias e estudantes criticam mudanças impostas pelo governo

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Cartazes e apitos chamaram a atenção dos vereadores no fim da tarde dessa quinta-feira.

O plenário ficou lotado. O grupo pediu aos vereadores para intermediarem com o prefeito Adroaldo Conzatti a volta do serviço de transporte escolar.

Os parlamentares garantiram auxílio às famílias. Ficou acertado que entrarão em contato com o Executivo para agendar uma reunião. A princípio, o encontro com o prefeito e com a secretária da Educação, Neide Graciola, ocorre na segunda-feira, às 19h. A intenção dos vereadores é encontrar junto com o Executivo e as famílias uma solução para a questão.

A representante do grupo de pais e estudantes, a manicure Cristina Andrade Cornelli, 26, enfatiza que na questão do zoneamento o interessante era mexer antes dentro das escolas e depois no transporte escolar.

Cita o exemplo da escola mais próxima de casa dela, a Agostinho Costi, onde os 4º e 5º anos são juntos assim como o 1º, 2º e 3º anos. Para ela, isso dificulta a aprendizagem. “Eu estudei em uma sala onde tinha duas turmas. Eu não quero isso para o meu filho”, menciona.

Cristina salienta ainda o problema dos pais que trabalham e não fecham os horários para levar e buscar os filhos nas escolas. Outra questão é a preocupação dos filhos pequenos irem sozinhos à escola.

“A câmara está sensível a esse problema. Estamos preocupados e achamos que a educação tem prioridade. Nós queremos uma educação cada vez melhor”, destaca o presidente do Legislativo, Marino Deves (PP).

Opinião de pais

“Minha filha, do 2o ano do Ensino Médio, tem que ir do Lago Azul até o Scalabrini. Dá uns quatro quilômetros. Tenho pena, pois a mochila dela é pesada”, diz a auxiliar calçadista Claciana de Mari, 38.

“Tenho três filhos pequenos de 5, 6 e 8 anos. Eles iam e vinham em segurança e iam na AME no turno inverso ao escolar. Se eu pagar a topic para os três, vou gastar em torno de R$ 600. Fica muito pesado no orçamento”, diz o pai Gerson Luís da Silva Azevedo. A família reside no São José e os filhos estudam no Porto Quinze.

A auxiliar de estocagem Ana Laurita Azevedo, 30, mora no Lambari e o filho estuda na Tancredo Neves, no Lago Azul. “Saio para trabalhar às 6h e volto às 18h. Meu filho dependia de transporte escolar para ir na única escola de turno integral. Agora me preocupa ele ter que atravessar o trevo indo a pé”, comenta.

“Não fecham os horários e estamos com medo de perder o emprego. É uma preocupação enorme”, menciona outra moradora do Lambari, a auxiliar de estocagem Elenir Costanhesqui, 40. Para ela, com a alteração no transporte escolar, o problema é conciliar o horário do serviço com o da escola do filho de 7 anos.

Gisele Feraboli: gisele@jornalahora.inf.br

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