Mãe mata duas filhas e se suicida

Santa Clara do Sul - TRAGÉDIA

Mãe mata duas filhas e se suicida

Fato aconteceu por volta das 8h30min, no apartamento da família, situado no segundo andar do prédio número 1391, na avenida 28 de Maio. Segundo informações preliminares, a mulher, que era diarista, teria se enforcado. As duas meninas mortas tinham três…

Mãe mata duas filhas e se suicida
Vale do Taquari

Fato aconteceu por volta das 8h30min, no apartamento da família, situado no segundo andar do prédio número 1391, na avenida 28 de Maio. Segundo informações preliminares, a mulher, que era diarista, teria se enforcado. As duas meninas mortas tinham três e sete anos. Elas ainda tinham um irmão mais velho, de 15 anos, que estava com o pai no momento tragédia. Os três eram filhos de pais diferentes.

Vizinhos relataram que a mulher tinha quadro depressivo, e nos últimos dias parecia muito triste, com episódios de choro compulsivo. Recentemente, ela teria se separado do terceiro companheiro.Segundo a delegada Márcia Scherer, que fez as primeiras averiguações no local, tudo indica que havia um conflito familiar entre a mãe e os ex-parceiros. Muito motivado pela briga judicial sobre a guarda do filho mais velho.

Vizinhos ouviram uma das meninas chorando muito  por volta das 6h. Depois disso, a mulher teria mandado uma mensagem para o pai da filha mais nova, dando a entender que havia matado as crianças e iria se matar.

Como o homem reside em Boqueirão do Leão, mandou a mensagem a um vizinho, que por volta das 9h bateu na porta do apartamento da mulher. Ela não abriu. Então, ele chamou a Brigada Militar, que entrou no local pela sacada.

Corpos foram encaminhados, por volta das 13h, para necropsia em Porto Alegre

Corpos foram encaminhados, por volta das 13h, para necropsia em Porto Alegre

As três estavam próximas, na mesma cama. Junto a cena da tragédia, a mulher havia deixado um bilhete, explicando a razão que a levou a praticar os homicídios e posterior suícidio. O conteúdo não foi revelado pela Polícia Civil. A PC fez levantamento fotográfico no local,e levou testemunhas à delegacia para prestar depoimento. O objetivo inicial é identificar o lapso de tempo da ocorrência do fato, até que as primeiras pessoas chegaram ao local. Os corpos foram retirados do local por volta das 13h, e levados para necropsia em Porto Alegre.

O fato abalou a cidade. O sentimento é de comoção  dezenas de pessoas foram para frente do edifício. Valdemar Rosso, avô da menina de sete anos, é morador de Arroio do Meio, e ficou sabendo por volta das 11h45min.

Ele acompanhava os trabalhos da PC no local e afirma que havia visto a neta pela última vez fazia cerca de 15 dias. O pai da menina é morador de Lajeado, e estava separado da mulher faz cerca de cinco anos. A família não sabia que ela sofria de depressão.

Delegada Márcia Secherer afirmou que bilhete deixado pela mulher apontavam razões do fato

Delegada Márcia Secherer afirmou que bilhete deixado pela mulher apontavam razões do fato

Entrevista com a delegada Márcia Scherer

A Hora – Ela explica no bilhete os motivos. O que se pode falar em relação a isso?

Delegada – Sempre relacionando a situações de conflito familiar, relacionados sobretudo a disputa de guarda familiar do filho mais velho.

A Hora – Há uma rede de proteção da mulher. Em algum momento chegou a PC informação de que ela receberia atendimento psicológico, psiquiatrico? Havia um histórico de depressão?

Delegada – Nós sabemos que o Conselho Tutelar acompanhava bem de perto essa situação. Ela teria comunicado a alguém, anteriormente, que teria intenção de se matar. Na cozinha dela tem um bilhete de marcação de atendimento com um psicólogo. Não sei se havia condições de prevenir isso. É uma interrogação que precisamos fazer, mas que com certeza o Conselho Tutelar estava acompanhando. As conselheiras daqui são diligentes, e elas tabém vão poder dizer isso durante o inquérito.

Familiares-das-vítimas-acompanharam-o-trabalho-da-polícia-no-local-da-tragédia

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