Jonas Schuster Ribeiro, 27, e Jeferson Verruck Ribeiro, 23, foram mortos na madrugada de sexta-feira, no bairro Santo Antônio, com vários disparos de arma de fogo. O fato aconteceu por volta da meia noite e meia, na rua São Leopoldo, e os corpos estavam separados por um distância aproximada de cem metros.
A Polícia Civil investiga o caso, mas até essa sexta-feira não havia identificado por que a dupla estava no local. Informações preliminares davam contam de que ambos residiam no bairro Conservas, e não no Santo Antônio, onde foram mortos.
“Ainda estamos buscando informações sobre como o caso ocorreu. Até onde sabíamos, não eram do bairro. Talvez estivessem morando lá há pouco tempo e não foram bem recebidos”, comenta o delegado Juliano Stobbe, responsável pelo caso.
Ambos já haviam sido presos, e tinham antecedentes criminais por tráfico de drogas, furto, porte ilegal de arma de fogo, e Jonas também respondia por tentativa de homicídio. Para Stobbe, eles faziam parte de uma facção.
Como ainda não há suspeitos do caso, não foi possível identificar se as mortes resultaram de disputa dentro do próprio grupo criminoso ao qual pertenciam ou com outro bando. “É resultado dessa guerra que ocorre entre eles. Precisamos esclarecer melhor”, resume.
O Instituto Geral de Perícias (IGP) de Porto Alegre esteve no local, para tentar elucidar o caso. Foram apreendidos cinco estojos calibre 9 milímetros, dois projéteis e um cachimbo artesanal de crack.
No momento em que a ocorrência foi atendida, não haveria testemunhas no local. Porém a Polícia Civil convocou alguns moradores a prestar depoimento na manhã dessa sexta-feira. Uma vizinha, que não quis se identificar, disse que já estava dormindo no momento do crime, mas se acordou com os disparos. Segundo ela, foram cerca de 15 tiros. As duas vítimas não residiriam no bairro, mas circulariam com frequência pelo local. “Foi uma cena muito triste”, disse o marido.
Os corpos passaram por necropsia no Instituto Médico Legal (IML) de Lajeado. O velório ocorreu na sexta-feira à tarde nas Câmaras Mortuárias do bairro Florestal, e o sepultamento no cemitério municipal do mesmo bairro.
Acidente no aterro
Jeferson, uma das vítimas de homicídio, teve o braço arrancado em dezembro de 2013. O caso foi notícia, pois o fato aconteceu dentro do aterro sanitário, enquanto ele trabalhava na esteira. Na época, ele era associado da Cooperativa dos Recicladores do Vale do Taquari (Coorevat) e enroscou o braço no rolamento de rotação da esteira, enquanto limpava o equipamento.
Carolina Chaves da Silva: carolina@jornalahora.inf.br