Cultivo da soja pauta Dia de Campo na Cooperval

Cruzeiro do Sul

Cultivo da soja pauta Dia de Campo na Cooperval

Técnicos compartilharam práticas inovadoras para melhorar o desempenho

Cultivo da soja pauta Dia de Campo na Cooperval
Vale do Taquari

Cerca de 250 produtoras de mais de 30 municípios participaram do Dia de Campo, realizado na Cooperativa Rural dos Vales (Cooperval), na manhã de ontem. O encontro tratou sobre o cultivo de soja.

O objetivo da ação é apresentar novidades no mercado agrícola a fim de melhorar a produtividade. Segundo o gerente-geral da Arla, Breno Aloísio Ely, as detentoras de bancos genéticos investem em materiais que permitem ampliar as possibilidades de cultivo.

O público percorreu uma plantação de soja com 14 variedades, detalhadas em seis estações técnicas. Em cada parada, eram analisados os resultados das plantas – todas foram semeadas em 30 de outubro do ano passado. “Nem todas serão aproveitadas. Mostramos a importância de semear o material no ciclo correto. Os ciclos são muito variados e têm que ser encaixados na orientação técnica”, comenta Ely.

Segundo ele, o Vale cultiva entre 25 e 30 mil hectares de soja. Apesar de a cultura mãe ainda ser o milho, com cerca de 70 mil hectares, a crise do leite já impacta nessa relação.

O presidente da Cooperval, Orlando Stein, lembra que o milho é importante no setor leiteiro para silagem. Porém, com a queda do preço do leite, muitos migram para culturas que exigem menos investimentos e com garantia de mercado, como a soja. “Os produtores olham para onde rende mais. Estão saindo do leite e indo para o grão.”

Inoculação

De acordo com o engenheiro agrônomo Elomar Francisco da Silveira, as variedades escolhidas para demonstração são indicadas para altitudes de 70 a 100 metros. Observa que assim como o milho e o trigo, a soja, em geral, exige altitudes a partir de 500 metros, sendo 900 metros a ideal.

Contudo, a modernização já permite a adaptação em regiões diversas. “Hoje, temos variedades que produzem muito bem nessa altitude entre 70 e 100 metros acima do nível do mar.”

Ele ainda ressaltou a importância da inoculação da semente de soja. Enquanto para para colher uma tonelada de grãos de milho são necessários 20 quilos de nitrogênio, a mesma quantidade de soja exige 100 quilos do nutriente. “A inoculação da semente de soja é fundamental. A bactéria que vai se instalar na raiz retira o nitrogênio do ar e fornece para a planta. Quando não se faz essa inoculação, a produtividade é muito menor”.

O produtor Pedro Francisco Gabriel, 65, de Santa Clara do Sul, também cultiva milho e trigo. De soja, são de 75 a 95 sacos por hectare. Ele destaca o aprendizado no Dia de Campo. “Sempre tem novidades, tipos de semente diferentes.”

Gesiele Lordes: gesiele@jornalahora.inf.br

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