Na primeira reunião do ano, os integrantes da Associação Lajeadense Pró-Segurança Pública (Alsepro) definiram que apoiarão a reforma do Presídio Estadual de Lajeado (PEL). Há cerca de um ano e meio, o grupo discutia a necessidade da obra, e em janeiro, chegou a ser anunciado o começo da construção.
Porém, agora, foi definido de forma conjunta o passo a passo do processo. A entidade, presidida por Antônio Scussel, auxiliará na coordenação do projeto e exigiu a participação do Estado. O intuito é cobrar as contrapartidas prometidas, ainda não cumpridas pelo governo, como o aumento do efetivo nas cadeias.
Além disso, a intenção é solicitar que a Susepe ajude a coordenar o projeto. “Não é para criar obstáculos. É apenas para que eles participem, sem condicionar. Precisamos pensar no depois, como iremos dar conta disso”, ressalta Scussel.
Ministério Público (MP), Judiciário e demais representantes da comunidade também devem ser consultados sobre a realização da obra. “Caso todos concordem, aí começaremos de fato a dar andamento ao projeto.”
Hoje, há apenas um esboço do plano arquitetônico, que deverá ser aprimorado. Depois, será remetido para aprovação na prefeitura e bombeiros. Com toda a documentação pronta, a intenção do grupo é que a obra inicie pela parte administrativa. “Naquele espaço não há mais condições de trabalho”, afirma o presidente da Alsepro.
Segundo o diretor de obras da entidade, Léo Katz, as novas instalações desse setor deverão ficar no antigo albergue. Algumas partes do local, atingido por incêndio em outubro de 2014, já foram demolidas. “A pretensão é fazer a obra por módulos. Esse seria o primeiro. Vamos construir no espaço vazio, remanejar o pessoal para lá, e depois começar a trabalhar na estrutura já existente”, explica.
A cada etapa concluída, uma nova começará a ser pensada. “Precisamos fazer aos poucos. Verificar se tem dinheiro, enfim, vamos ir analisando”, afirma Katz. A Vara de Execuções Criminais (VEC) repassará cerca de R$ 300 mil das penas pecuniárias para essa primeira etapa.
Passo a passo
A princípio, depois da área administrativa, serão construídas novas áreas judiciária e de saúde, além de uma cozinha. O custo previsto seria de R$ 300 mil. Depois, parte-se para reforma nos alojamentos, aumento das galerias – hoje existe A e B – guaritas e pátio. Hoje, por ordem judicial, o limite é de 250 presos. Com a obra, o número será ampliado.
Custo estimados da Reforma no PEL: R$ 1,6 milhão
* R$ 300 mil setor administrativo
* R$ 300 mil área judiciária, de saúde, e cozinha
* R$ 300 mil alojamentos e salas
* R$ 700 mil a R$ 800 mil aumento das galerias
* R$ 100 mil guaritas e pátio
Carolina Chaves da Silva: carolina@jornalahora.inf.br