Servidores da Secretaria da Saúde cobram o pagamento de horas extras referente ao período de setembro a dezembro do ano passado. De acordo com os trabalhadores, o secretário Elmar Schneider havia prometido quitar os valores em janeiro.
O governo alega que os pagamentos de horas extras foram cortados desde o segundo semestre de 2017, e que o período trabalhado será trocado por folgas. A notícia revoltou os servidores, que teriam por receber valores de até R$ 8 mil.
Os funcionários públicos não se identificam por medo de represálias. Segundo eles, a notícia do corte de horas extras resultou em uma reunião com a equipe, convocada por Schneider. “Ele disse que o município não teria condições de pagar os valores neste ano, mas deu a palavra dele, que receberíamos em janeiro junto com a folha de pagamento.”
Divergência após reunião
O conteúdo da reunião teria sido registrado em ata, com a assinatura de todos os presentes. Ao perceberem que os valores não foram debitados em janeiro, os trabalhadores buscaram explicações, mas alegam terem sido ignorados por Schneider.
“Trabalhamos em diversos eventos do município, nos fins de semana, à noite e até durante o Natal”, reforçam. Alguns dizem que contavam com o dinheiro para o pagamento de obrigações como o IPVA e o IPTU.
“Fazemos nosso trabalho para receber, não para trocar por folgas”, apontam. Segundo eles, diante do impasse, agora se recusam a trabalhar além dos horários pré-determinados.
O secretário Schneider não respondeu as ligações e não atendeu à reportagem na secretaria. Por meio de um assessor, o governo reiterou que o pagamento de horas extras foi cortado e substituído por um banco de horas.
Thiago Maurique: thiagomaurique@jornalahora.inf.br