Briga que não leva a nada

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor editorial e de produtos

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Briga que não leva a nada

Misturar política partidária com ensino não presta. Nunca prestou. Mesmo assim, o governo de Teutônia usa desse artifício para trocar parte das diretoras das escolas municipais. É um tiro no pé. Pior que não é a primeira vez, nem a primeira cidade a tomar esse tipo de medida.
Desde o anúncio da troca de parte das diretoras da rede municipal, na semana passada, a polêmica e a animosidade ganham proporções danosas. Se continuar no ritmo, vai parar na mesa do juiz.
Para hoje, o prefeito convocou uma sessão extraordinária para adaptar a lei que legitimaria a troca autoritária das direções de escolas. Do outro lado, grupo contrário às mudanças apresenta argumentos jurídicos que contestam a liminar citada pelo Executivo, a qual teria sustentado a decisão. Ou seja, uma disputa de “gravatez”.
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Entre certo e errado nesta história, há um perdedor em especial: o ensino. Já deveríamos ter superado este tempo de brigas político eleitoreiras, muito menos levá-las para para as salas de aula. Em vez de debater formas de melhorar e qualificar os sistemas de ensino, o governo cria um ambiente de conflito que não leva a nada. Sem analisar a qualidade e/ou capacidade do diretor que entra ou sai, fica evidente que a troca, da maneira como foi, se deu por fatores políticos partidários.
O pedido de afastamento da coordenadora pedagógica, logo após o anúncio, é outro indicativo de que a coisa foi mal conduzida.
É uma pena, para dizer o mínimo, que o ano letivo de Teutônia comece com um embate entre parte de professores e a administração municipal. Torcemos que haja maturidade política – não partidária – para que todos os atores envolvidos encontrem uma saída a ponto de não prejudicar o andamento nas atividades escolares do ano.


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Muuuuuuuuuu

O grito é de protesto e de calamidade. Mais uma vez, produtores de leite da região e do estado são impactados pelo descompasso da cadeia. Uma das maiores crises provoca a desistência de milhares de produtores. Desde 2015, foram mais de mil que abandonaram a atividade na região. Um decreto coletivo de emergência é estudado pelos municípios, especialmente aqueles que concentram a maior quantidade produtiva, como Estrela e Arroio do Meio.
Entra e sai ano, continua o eletrocardiograma sobre um dos pilares da economia gaúcha. Mesmo presente em mais de 90% das 497 cidades, o Estado tem sido incapaz – e incompetente – para estabelecer uma política pública sólida e protecionista, a ponto de garantir equilíbrio e sustentabilidade aos produtores e à indústria.
Em meio a essa gangorra mercadológica, a corda estoura primeiro no mais fraco: o produtor. É desalentador e preocupante ver propriedades leiteiras bem estruturadas paradas ou na iminência de interromper a produção.


Pé na estrada

Sexta-feira em Santa Clara do Sul e Coqueiro Baixo. Sábado em Imigrante e Colinas. À noite em Encantado. E domingo em Pouso Novo. A agenda de correria é do ex-prefeito de Arroio do Meio, Sidnei Eckert. Ele percorre os municípios da região em busca de apoio para a pré-candidatura a deputado estadual. Ao lado dele, serão pelo menos outros dez ou 15 concorrentes da região em busca de uma vaga ao parlamento gaúcho.


Sexo seguro

Não faltará camisinha neste Carnaval. O governo federal projeta a distribuição de 106 milhões de preservativos masculinos e femininos. Será um para cada dois brasileiros. O número é 37% maior do que no ano passado, quando foram distribuídas 77 milhões de camisinhas. O Ministério da Saúde lançou a campanha ontem, em Salvador.


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Salve o Saraquá

Elogiável a iniciativa do governo de Santa Clara do Sul ao lado dos moradores voluntários e do Ministério Público. Juntos, lideram um movimento a favor do Arroio Saraquá. A poluição dos mananciais estado e país afora ameaça o abastecimento de água a médio e longo prazo. Sozinho, o projeto – que inclui inclusive a construção de um parque – não garantirá a salvação do Saraquá. A adesão da comunidade local, conscientizando-se da importância de investir em saneamento básico, é crucial para a consolidação da iniciativa.


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Nada para comemorar

Em alusão ao Dia Mundial do Câncer, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou na sexta-feira a estimativa para incidência da doença nos próximos dois anos. Pela projeção, 600 mil novos casos serão deflagrados em 2018.
Com exceção do câncer de pele não melanoma, os tipos de câncer mais frequentes serão os de próstata (68.220 casos novos) e mama (59.700 mil) . Completam a lista dos dez tipos mais incidentes: cólon e reto (intestino – 36.360), pulmão (31.270), estômago (21.290), colo do útero (16.370), cavidade oral (14.700), sistema nervoso central (11.320), leucemias (10.800) e esôfago (10.970).
Para 2019, o Inca projeta os mesmos 600 mil novos casos.


Dança da cadeira

A coordenação do Sine de Lajeado tem nova responsável. Vanderléia Bottega, militante do PMDB, assume o posto, indicada pelo deputado estadual Edson Brum. Vanderléia, também conhecida como “Chica”, sucede Oilquer dos Santos, afastado do cargo após a debandada do PDT do governo Sartori.
O caso em específico – sem entrar no mérito da capacidade de Chica – retrata os tantos cabides de emprego alimentados pelos currais eleitorais que favorecem o empreguismo partidário.


O drama aumenta

A falta de vagas nas escolas infantis de Lajeado aumenta a cada mês. De um para o outro, a lista dispara. Já são quase 750 famílias na espera. No início do ano passado, o déficit beirava 500.
Um dos assuntos mais debatidos na campanha eleitoral passada, a falta de vagas nas escolas infantis requer resposta à altura do drama das famílias.
Já se multiplicam os casos em que pais ou mães largam – ou são obrigados a largar – o emprego para cuidar dos filhos. Trata-se de um impacto social e financeiro que exige celeridade e eficiência maior por parte do poder público. Está na hora de respostas consistentes.

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