Em sessão extraordinária realizada ontem, o plenário da Assembleia Legislativa aprovou, com 30 votos favoráveis e 19 contrários, requerimento de convocação do governador José Ivo Sartori. Os quatro projetos previstos para votação, sobre a adesão ao regime de recuperação fiscal, ficaram para a sessão de hoje, a partir das 14h.
Ao longo da sessão, em vários momentos, o presidente da casa, deputado Edegar Pretto (PT), precisou solicitar que os presentes nas galerias do Plenário 20 de Setembro não interrompessem as manifestações dos parlamentares na tribuna. A reunião chegou a ser suspensa para que a ordem nas galerias fosse restabelecida.
Antes do encerramento da sessão, o líder do governo, deputado Gabriel Souza (PMDB), chegou a apresentar requerimento, com assinatura de 32 parlamentares, para que o presidente da AL convocasse uma nova sessão extraordinária ainda ontem e outra na manhã de hoje.
Pretto indeferiu o pedido por faltar, no documento, embasamento legal ou regimental referente à solicitação.
O requerimento de convocação do governador começou a ser discutido na sessão extraordinária de segunda-feira, 29. Já haviam se manifestado contra a convocação, ainda na segunda-feira, os deputados Tarcísio Zimmermann (PT), Stela Farias (PT), Jeferson Fernandes (PT), Enio Bacci (PDT), Juliano Roso (PCdoB) e Pedro Ruas (PSOL).
Na sessão de ontem, a deputada Miriam Marroni (PT) lembrou que no governo Tarso Genro foi feita uma negociação estruturante da dívida do Estado com a União, e que essa que agora se propõe humilha o povo gaúcho. “Essa negociação nós não podemos aceitar. Não é porque somos oposição, é porque ela não é boa para o Estado.”
Já o deputado Marcel van Hattem (PP) disse que as propostas do governo não são as melhores alternativas, mas são as que se tem. “A melhor seria privatizar ainda mais”, completou.