Perigo iminente

Editorial

Perigo iminente

A constatação da vigilância sanitária sobre a presença cada vez mais constante de larvas do mosquito aedes aegypti deixa a região em alerta. A falta de cuidados da comunidade aliada ao déficit de agentes municipais de endemias expõe carências organizacionais…

A constatação da vigilância sanitária sobre a presença cada vez mais constante de larvas do mosquito aedes aegypti deixa a região em alerta. A falta de cuidados da comunidade aliada ao déficit de agentes municipais de endemias expõe carências organizacionais da sociedade.
O quadro é alarmante. Frente ao descuido com a prevenção, o Vale vive o risco de uma epidemia. Ainda que não haja registro de dengue, chikungunya ou zika transmitido nas cidades da região, basta uma pessoa contaminada vir de outros locais para as doenças se espalharem.
Como a proliferação do inseto acelera durante o verão, este é o momento para todas as esferas da sociedade unirem esforços e reduzirem as chances de contaminação.
É preciso um cuidado que vá além das campanhas de conscientização. O movimento tem de ser orgânico. Estar com as agentes de saúde, estar no contato diário com a população. O assunto deve ser debatido de forma ampla e contínua.
[bloco 1]
No ano passado, diversas cidades fizeram dias de combate ao mosquito. Servidores e até o Exército estiveram nos bairros para eliminar os focos das larvas dos pátios, casas e quintais.
O poder público, nas três esferas, precisa fazer mais. É urgente, por exemplo, criar mecanismos para identificar de forma mais ágil os locais onde há risco de transmissão e combater o mosquito em áreas tão específicas quanto possível.
A situação merece ainda maior atenção devido às reiteradas temporadas epidêmicas, que elevam a probabilidade de quadros graves da doença. Há razões para esperar uma escalada real nas infecções.
Cabe ressaltar, essa não é uma luta só dos poderes públicos. É uma responsabilidade de todos. A ideia de que o RS estaria livre dessas doenças encerrou faz anos.
Os cuidados são conhecidos. Evitar o acúmulo de água parada significa reduzir as chances de o inseto sobreviver.

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