O Campeonato Gaúcho inicia hoje com a disputa de cinco partidas. Amanhã, ocorre o complemento da primeira rodada com Internacional e Veranópolis, no Beira-Rio.
Com duração de quatro meses, a competição terá a participação de atletas, dirigentes e árbitros da região.
Natural de Encantado, Paulo Henrique Gianezini, 26, é o goleiro reserva do São Luiz, de Ijuí. A preparação iniciou no dia 23 de novembro, quando se apresentaram e ficaram 15 dias confinados em um hotel SPA, em Ijuí, trabalhando em dois turnos.
Sobre a competição, diz que principal objetivo é brigar pelo título do interior. “Temos esse foco para as outras metas, como fugir do rebaixamento e se classificar para as oitavas de final, surgirem ao natural.”
Pela quarta vez no Gauchão, Gianezini diz que times e jogadores precisam entrar muito focados porque o torneio é muito curto e disputado “Espero fazer um bom campeonato e que consigamos alcançar nossos objetivos.”
Além de Gianezini, o São Luiz terá Henrique Schwarzer, de Arroio do Meio. Também de Encantado, o zagueiro Léo D’Agostini disputará mais uma vez com o Veranópolis.
Campeão gaúcho no ano passado com o Novo Hamburgo, Diego Ziegg, de Roca Sales, será o gerente de futebol no São Paulo, de Rio Grande.
Leandro Vuaden, de Estrela, e Daniel Soder, de Venâncio Aires, serão alguns dos árbitros.
Entrevista
“[…]queremos ficar entre os oito classificados[…]”
A Hora – Como foi a preparação do São Paulo para a disputa do Estadual?
Diego Ziegg – Quando cheguei aqui, no segundo semestre do ano passado, parte do elenco já estava montado. Nos apresentamos no dia 20 de novembro, fizemos uma pré-temporada em Rio Grande mesmo. Durante o período, fizemos três amistosos e um jogo- treino.
O que levou você a sair do Novo Hamburgo para acertar com o São Paulo?
Ziegg – Na verdade, trabalhei seis anos no Novo Hamburgo, fiz a Série D no ano passado e, como o time conseguiu uma vaga para Série D e Copa do Brasil de 2018 deste ano, e a competição do segundo semestre dava vaga para as mesmas competições, o Novo Hamburgo acabou dispensando todos os profissionais e acabei saindo também. O São Paulo me ligou, fez uma proposta para vir para cá e aceitei. O clube tem uma estrutura boa, com uma torcida muito grande, é um clube centenário, com tradição no estado. Aceitei por acreditar no trabalho da direção e da comissão técnica.
O time briga por título? Título do interior? Vaga no mata-mata? Ou fugir do rebaixamento? Por quê?
Ziegg – Na verdade, todos os clubes do interior têm o pensamento de fugir do rebaixamento, mas nosso objetivo é diferente: queremos ficar entre os oito classificados. Depois inicia uma nova competição. É uma competição de mata-mata, em que em apenas um jogo se define os semifinalistas. Vamos trabalhar por metas, por etapas. O primeiro objetivo é se classificar entre os oito. E é obvio que, estando entre os oito, tu foge do rebaixamento. O início na competição será muito importante, pois dos primeiros quatro jogos três jogamos em casa. E a partida fora será na segunda rodada diante do Juventude, e precisamos fazer um jogo bom fora. No ano passado, no Novo Hamburgo, nas primeiras seis rodadas, fizemos 18 pontos, já estávamos classificados e longe do rebaixamento, então, o começo de competição é importantíssimo para as pretensões do clube.
Em 2017 você foi campeão com o Novo Hamburgo. Espera repetir o mesmo feito com o São Paulo?
Ziegg – Com certeza, seria maravilhoso dois títulos consecutivos. Sabemos da dificuldade que é jogar contra a dupla Gre-Nal, eles estão bem na frente de todo mundo, e ainda temos mais dois times de Série B de Brasileiro, que são o Juventude e o Brasil. Com certeza, o título seria um feito muito importante para a cidade e para o clube.
Ao contrário de anos anteriores, o São Paulo apostou em jogadores rodados. Qual o motivo dessa estratégia?
Ziegg – São jogadores rodados, mas que conhecem o Estadual. Atletas que não vão sentir jogar contra a dupla. Fizemos um elenco mesclando com meninos da cidade. Não contratamos nenhum atleta que não se conhece, isso ajuda bastante quando iniciam os trabalhos. A questão de trazer atletas rodados é por isso, para não sofrer e não sentir um jogo mais forte contra equipes como a dupla, por isso, contratamos jogadores a dedo para fazer um elenco forte e competitivo.
O que representa o Campeonato Gaúcho para você?
Ziegg – O Gauchão hoje está entre os melhores do país, perde apenas para o Paulista. Ele oportuniza muito ao atleta, dá uma visibilidade muito grande. Nos últimos anos, ele abriu muitas portas para os jogadores daqui. Por exemplo, dos 11 campeões com o Novo Hamburgo, nove se empregaram na Série B do Brasileiro e um na Série C. Então tem cada vez mais procura pelo mercado gaúcho, pois é uma competição com nível muito forte.
Ezequiel Neitzke: ezequiel@jornalahora.inf.br