Arlete Terezinha Mallmann, 31, é a segunda vítima de feminicídio na cidade em cerca de um mês. Ela foi morta com mais de quatro disparos de arma de fogo, na noite de sábado, na rua João Schardong, bairro Passo de Estrela. O namorado dela é o principal suspeito do crime.
Segundo testemunhas, eles estariam juntos há cerca de três meses, mas ela queria terminar o relacionamento. Conforme conversas de WhatsApp encontradas pela polícia no celular da vítima, Arlete havia pedido a separação no sábado à tarde, por conversa no aplicativo. O suspeito não teria respondido às mensagens e apenas foi à residência dela durante a noite, quando teria cometido o assassinato.
Os disparos teriam sido feitos após minutos de discussão, em frente à filha mais velha de Arlete, de 9 anos. O pai da vítima, vizinho da residência, teria escutado o barulho e visto o homem sair do local em posse do revólver calibre 38. Ao questionar o que teria acontecido, também foi ameaçado.
O homem, de 24 anos, fugiu numa motocicleta e até o fim da tarde de ontem não havia sido preso. Ele seria morador do bairro Jardim do Cedro, em Lajeado, e teria várias passagens pela polícia por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas.
Além da filha que presenciou o crime, Arlete deixou outra menina, de 7 anos. Ambas eram fruto de relacionamento anterior. Outras informações são apuradas pela Polícia Civil, que investiga o caso.
Outro caso há um mês
No dia 12 de dezembro, Gladia Maria Schmitt, 51, foi morta pelo marido na localidade de Bom Fim. Conforme perícia, Paulo Guilherme Schmitt, 55, teria disparado um tiro de espingarda calibre 24 no peito de Gladia. O empresário teria usado a mesma arma para atirar no próprio peito. Logo após, se enforcou.
Carolina Chaves da Silva: carolina@jornalahora.inf.br