Safra boa e uva mais doce

Vale do Taquari - satisfação

Safra boa e uva mais doce

O inverno ameno, aliado aos períodos de sol intenso durante a maturação, favorece para uma safra de uva com boa qualidade. No RS, a projeção é de uma colheita até 20% menor em relação ao ano passado, quando foi atingido recorde histórico. Ainda assim, a previsão de 600 mil toneladas anima os produtores. Nos supermercados, consumidores enaltecem o sabor mais doce da fruta neste ano

Safra boa e uva mais doce
Vale do Taquari

Amaioria dos produtores de uva da região já colheu a safra do ano, antecipada em função do inverno ameno. Os 522 agricultores projetam uma colheita de 19,7 mil toneladas, mesma quantidade da safra passada.

Nos mercados, o sabor e qualidade da fruta agradam os consumidores. “Está mais doce do que no ano passado. Lá em casa consumimos bastante. Meu filho de 2 anos adora uva”, diz Maribel Wiebbelling, 34.

O assistente técnico em Fruticultura do escritório regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, Derli Paulo Bonine, confirma a percepção da mãe. Conforme explica, as variedades mais precoces, que estão em colheita, estão com graduação de açúcar (graus brix) superior à safra passada.

A consultora Gisele Teresinha Machado, 52, também percebeu a fruta mais doce. Segundo ela, mesmo com o aumento de preço, a uva de boa qualidade favorece o consumo.

Consumidores elogiam a doçura e a aparência do fruto nas gôndolas

Consumidores elogiam a doçura e a aparência do fruto nas gôndolas

Em Colinas, na Linha Roncador, o produtor Luiz Bianchi, 57, já colheu a safra de niagara rosa. Nos três hectares, alcançou 30 toneladas. “Aqui na região há um microclima que faz com que as uvas amadureçam 30 dias antes que na Serra Gaúcha”, explica.

Toda a produção de Bianchi é para a venda in natura, principalmente para a Ceasa. Segundo ele, a uva para consumo é avaliada pela apresentação. Como a colheita aqui no Vale do Taquari iniciou antes, o preço ao quilo no início da safra, em fim de outubro, chegou a R$ 4,50. “Assim que a colheita se amplia, o preço vai caindo porque a oferta aumenta”, observa.

Conforme informa o assistente Bonine, o preço pago ao produtor alcança uma média de R$ 2, podendo chegar a R$ 1,5.

Abaixo do recorde passado

Depois de registrar a maior colheita da história do RS, com 753 mil toneladas em 2017, a vindima 2018 deve ficar dentro da normalidade histórica e chegar a 600 mil toneladas da fruta.

As condições meteorológicas e o manejo adequado realizado ao longo dos meses proporcionam uvas de boa qualidade e altos níveis de graduação de açúcar.

Na Serra Gaúcha, maior produtor de uva, o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) projeta uma safra de ótimos vinhos, espumantes e sucos de uvas 100%.

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Gisele Feraboli: gisele@jornalahora.inf.br

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