Cobertor curto

Editorial

Cobertor curto

O período de férias de verão traz uma velha preocupação. A redução nos efetivos da Brigada Militar e dos Bombeiros devido a Operação Golfinho. Importante entender as razões dos órgãos de segurança em reforçar a atuação no litoral, pois há…

O período de férias de verão traz uma velha preocupação. A redução nos efetivos da Brigada Militar e dos Bombeiros devido a Operação Golfinho. Importante entender as razões dos órgãos de segurança em reforçar a atuação no litoral, pois há um incremento populacional nestas cidades.
As famílias migram às praias e o crime vai junto, reforçam oficiais da BM em entrevistas a cada novo veraneio. Também representa a chance de um ganho extra aos servidores estaduais.
Por outro lado, evoca um sentimento de insegurança para comunidades interioranas. Ao longo de todo o ano, moradores de cidades menores realçam a falta de patrulhas. Por vezes, dois militares ficam responsáveis pela patrulha em três, até quatro cidades.
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Com a Operação Golfinho, o comando da BM terá de refazer escalas e estratégias para garantir o mínimo de atuação. Por meio do Férias Seguranças, programa de patrulhas em casas onde os proprietários estão nas praias, procura mostrar trabalho. A iniciativa é interessante, mas insuficiente para garantir segurança ou coibir arrombamentos.
Neste ano, estima-se que 15% do efetivo da BM será deslocado. Em meio da pior crise na segurança das últimas décadas, desfalcar ainda mais os quartéis é motivo para críticas da comunidade do Vale do Taquari.
Com relação aos Bombeiros, cabe o mesmo raciocínio. Também é importante lembrar que houve corte de horas extras em outros momentos. Por diversas vezes, a redução foi tanta que quartéis importantes, como o de Estrela, foram fechados.
Em meio aos prós e contra da Operação Golfinho, é preciso bom senso. O envio dos servidores para o litoral deve ser feitos de modo a impactar o mínimo possível na segurança das cidades. O Vale do Taquari tem sido alvo cada vez mais frequente de grupos criminosos. Os índices de homicídio aumentam a cada ano e o ataque a agências bancárias segue a mesma tendência. Disso tudo, fica a pergunta: com menos policiais, a comunidade regional terá um verão tranquilo?

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