Audiência pública discutiu sistema de transporte público municipal. Com participação restrita a motoristas que atuam no serviço, uma usuária e membros do Executivo. Empresa apresentou estudo do serviço feito em Estrela e apontou adequações para incluir no processo de licitação. De acordo com os dados, menos de 3% da população utiliza transporte público.
São cerca de 1,3 mil usuários utilizam o serviço de segunda a sexta-feira. Deste total mais de 90% são trabalhadores. Hoje quatro itinerários ligam os bairros da cidade. O bairro Auxiliadora é um dos pontos com poucos passageiros. O custo do quilômetro rodado é de R$ 6,20.
Com esses dados, o valor máximo de tarifa sugerida na licitação deve ser de R$3,02. O valor mínimo apresentado pelas empresas interessadas não pode ser inferior a R$2,71. Os números foram obtidos com base em uma tabela de custos que avaliou as variações de despesas com insumos e outras despesas necessárias para manter o serviço.
A licitação deve ser publicada nos próximos dias pelo Executivo. O processo vai selecionar empresa responsável para atender cinco itinerários. Na análise abre-se a possibilidade de apresentação de consórcio para administração dos serviços. Com a medida, empresas locais poderiam se organizar para participar do processo de forma consorciada.
De acordo com o secretário de Planejamento, Paulo Finck, empresários locais já manifestaram a intenção de criar um consórcio para participar do processo. Hoje quatro empresas atuam no município em quatro linhas. Com a licitação serão mantidas as quatro linhas e em um dos trechos será acrescido trecho no bairro Auxiliadora.
Com os dados coletados, o estudo técnico aponta que a população considera adequado o serviço. Para a licitação os veículos devem ter idade máxima de 12 anos e idade média não superior a 8 anos.
De acordo com a profissional responsável pelo estudo, Ida Biachi, a medida é necessária para evitar envelhecimento precoce da frota. Os veículos deverão ter acessibilidade para cadeirantes, ar-condicionado e dentro de seis meses terão que inserir bilhetagem eletrônica no sistema.
“Isso não é de início, as empresas terão seis meses para se adequar. Isso permite que depois a prefeitura implante a integração tarifária. O modelo permite ao usuário desconto na segunda passagem.” De acordo com ela, o sistema também é uma vantagem para fazer o controle de receita e auxiliar nos cálculos tarifários.
A implantação do sistema está inclusa no valor calculado da tarifa. Todos os pontos estarão elencados na licitação. A empresa vencedora precisará criar sistema de informação ao usuário por meio de telefone e digital.
Modelo sugerido, garante ampliação de linhas e criação de novos itinerários de acordo com a necessidade.
Concessão
A empresa vencedora poderá explorar o serviço durante 10 anos. Período pode ser prorrogado pelo mesmo período. Neste tempo, deverá utilizar mesmo índice para calcular taxa de administração e margem de lucro. O valor do contrato está estimado em R$11,8 milhões e leva em consideração perspectiva de arrecadação com o serviço.
Cássia Paula Colla: cassia@jornalahora.inf.br