O patinador Marcel Stürmer é o vencedor da primeira temporada do Exathlon Brasil. Ele disputou a final com o surfista Pedro Scooby. O episódio foi exibido na sexta-feira à noite, 15. O lajeadense volta para casa com o prêmio de R$ 350 mil.
A atração foi exibida diariamente na faixa das 20h30min da Band. Reuniu 20 esportistas de diversas modalidades, entre eles, a ginasta Daniele Hypólito, o jogador de vôlei Giba e a campeã olímpica de salto Maurren Maggi. Além de dez nomes do esporte, outros dez anônimos com trajetória esportiva participaram da competição.
A grande final foi disputada com um circuito. Stürmer e Scooby tiveram que andar pelo percurso segurando um totem sem deixar cair. Depois, tiveram que posicionar corretamente 12 cubos em uma mesa e, então, atirar sacos de areia para derrubar os cubos. Cada vez que derrubassem todos os cubos, ganhavam um cubo. Ganhava quem chegasse a cinco pontos primeiro.
Durante três meses, os atletas passaram por desafios de resistência, confinados na República Dominicana. O programa é de origem turca e se apresenta como o “reality show mais difícil da televisão”. Ontem, segundo postou nas redes sociais, Stürmer encontraria a família em Porto Alegre, onde reside, e depois iria para São Paulo. Lá, participou da transmissão ao vivo de dois programas da Band: o Café com Jornal e o Jogo Aberto.
Nas redes sociais, a torcida era grande. Em um post do Instagram, ele comentou sobre um possível encontro com fãs e surgiram pedidos para que ele fosse para cidades de São Paulo, Bahia, Goiás, Pernambuco e diversas outras partes do Brasil e até de outros países.
Garra e concentração
Os internautas elogiaram a postura de Marcel durante a competição. “Parabéns, Marcel. O prêmio foi mais do que merecido. Nunca vi você reclamar de nada”, observou uma fã. “Continue sendo sempre essa pessoa boa e humilde. Há grande humanidade dentro de você, além de um coração enorme e bom”, disse outra.
Em entrevista ao portal da emissora, ele admitiu que não esperava durar muito na disputa. Porém aprendeu aplicar a concentração exigida pela patinação nas provas. “Eu engrenei no modo automático e tentei transformar esse jogo no mais próximo do que eu fazia quando eu competia, na patinação. Eu costumava olhar os circuitos e imaginava uma coreografia para passar deles. E decorar aquilo”, explicou.
O irmão de Marcel, Ismael, conta que assistiu à final em Venâncio Aires, na casa da sogra, pois a mulher tinha evento da empresa. A mãe assistiu à final em Lajeado, e o pai, em Jaguarão, onde estava trabalhando. “Foi bem legal, emocionante. Logo depois fizemos um facetime com ele e conversamos”, conta.
A professora que trabalha com Marcel no centro de treinamento de Lajeado, Jaqueline Nonnenmacher, 49, teve um espetáculo no dia da final, mas acompanhou todos os outros episódios. “No começo do programa, percebia nele uma postura mais observadora, mas quando ele ganhou confiança, começou a mostrar quem ele é, a ser mais rápido, atacar mais e partir para a luta.”
Amiga de Marcel faz 26 anos, ela diz que a postura correta e humanizada, mesmo em uma competição tão difícil, não é apenas impressão. “Quem conhece, sabe bem dessa conduta que ele tem com as pessoas que estão por perto. Ele é uma pessoa extremamente sensível, e que bom que o Brasil pôde ver isso durante três meses.”
Gesiele Lordes: gesiele@jornalahora.inf.br
