Uma tonelada e meia de alimentos e R$ 25,4 mil foram o resultado da segunda edição do Craques Solidários. Ontem à tarde, organizadores e patrocinadores entregaram para a Apae o que foi arrecadado com o evento de sexta-feira.
O presidente da instituição, Régis Kunrat, estava ansioso pelo evento. “A organização foi ótima e esse ano foi reflexo do ano passado e teve ainda mais sucesso. Só emoção ao viver esse momento. Acredito que todos estavam juntos pelo mesmo objetivo. Éramos todos, um só.”
A coordenadora pedagógica da Apae, Tamara Dresch, vestiu a camiseta do Craques desde o primeiro dia. Para ela todo o evento foi mágico. Também foi emocionante ver a alegria dos alunos quando entraram fardados no corredor, batendo palma, vibrando e fazendo o sinal da cruz. “Foi uma noite agradável, com torcedores animados na mesma energia que a gente. Com certeza foi mágico para nós profissionais e para os alunos que jogaram em um grande estádio e vivenciaram a experiência de assistir aos ídolos”, diz.
Para Cristiano dos Santos, pai do aluno Matheus, com síndrome de Down, ver o filho feliz e participando das programações da instituição é sempre motivo de orgulho. “Buscamos sempre incentivar e apoiar ele. A Apae fez muita diferença na nossa vida e é mais que uma escola, praticamente faz parte da nossa família. Foi muito especial ver ele jogando com esses craques”, relata.
Organizadores saem satisfeitos
Para um dos organizadores do evento, José Paulo Richter, o “Juca”, a noite se resumiu em felicidade. “Trabalhamos muito durante todo o ano para trazer elenco de atletas atuantes e não atuantes no futebol brasileiro. Tivemos a felicidade enorme de trazer nomes como Zico, Paulo Nunes, Dinho e Danrlei, assim como tantos outros”, destaca.
Conforme Richter, é motivo de orgulho ver o estádio lotado de pessoas que atenderam o espírito do ato solidário da grande corrente do bem. “Meu irmão Luís Carlos tem deficiência e já esteve na Apae, então, sei o quanto essa entidade e tantas outras precisam de apoio. Nada melhor do que terminar um ano com esse grande evento que ficará marcado na história de Lajeado.”
Rodrigo Conte, também organizador do evento, destaca que foi um ano de preparação, de muita ansiedade, incertezas e chegou o momento de alegria. “São poucas horas de jogo, mas é o momento de agradecer a cada um desses craques que vieram e cada um que esteve na arquibancada que em um momento de crise no país fizeram o investimento de R$ 25 para serem solidários”, conta. A expectativa é de que o evento se fortaleça ainda mais, para que possam ajudar não só a Apae, mas também outras entidades.
Comunidade apoia o evento
Ricardo Schneider foi um dos alunos do Diretório Acadêmico de Educação Física que organizaram uma atividade com os alunos da Apae, antes do jogo. Para ele, eventos desse porte são importantes para a comunidade e devem ser continuados.
Sobre a atividade com as crianças, Schneider salienta que a experiência foi marcante tanto para os acadêmicos quanto para os alunos. “Significa a energia que foi passada pelos alunos da Apae, a alegria deles nos contagiou muito, eles representam energias pra gente continuar o nosso dia a dia.”
Acompanhado da namorada, Daniel Hommerding ficou deslumbrado “Achei fantástica a iniciativa, ainda mais em prol de uma entidade tão importante como a Apae.”
Sobre trazer jogadores de renome, acredita que a organização está de parabéns. “Quanto mais jogadores famosos estiverem no evento, mais pessoas irão ver o jogo, com isso, mais solidariedade haverá.”
O jogo
Era 20h15min quando os dois times entraram em campo. O Esperança contou com o Eduardo Brock, Moisés Wolshick, Anderson Polga, Dinho, Paulo Nunes e Danrlei. A equipe Solidariedade tinha Alemão, Luis Mário, Felipe Gedoz, Renato Teixeira e Cassiano. Do lado de fora, Zico fez a festa com a torcida.
Durante pouco mais de uma hora em campo, as redes balançaram em sete oportunidades. Para o Esperança, marcaram Paulo Nunes (dois), Danrlei e Felipe Reinaldo. Para o Solidariedade, Felipe Soledade, Felipe Gedoz e Marcelo Caumo.