Vantagem do alimento

Editorial

Vantagem do alimento

A partir de levantamento da Fundação Estadual de Economia e Estatística (FEE), temos um retrato da geração de riquezas do Vale. O PIB da região tem pouca participação no RS, com 3% do bolo estadual. Esse resultado pode ser entendido…

A partir de levantamento da Fundação Estadual de Economia e Estatística (FEE), temos um retrato da geração de riquezas do Vale. O PIB da região tem pouca participação no RS, com 3% do bolo estadual. Esse resultado pode ser entendido pelo tamanho do parque industrial instalado.
Pelo fato de a região ter atividades diversificadas, com preponderância na produção alimentícia, a maioria das cidades depende da produção primária. Nos municípios com perfil urbano, (Estrela, Teutônia, Arroio do Meio, Lajeado, Encantado e Taquari), estão a maioria das indústrias. Os complexos de médio e pequeno porte dão sustentação para a cadeia produtiva de alimentos. É nesses locais onde a produção vinda do campo é beneficiada.
A partir disso, elevar a participação do PIB regional dependeria da instalação de indústrias ou do aumento da produção nas empresas locais. Cabe ressaltar que o estudo da FEE se refere a 2015, ano em que houve uma queda acentuada no segmento da manufatura.
Cidades industriais amargaram as quedas mais drásticas. Na região, o impacto foi sentido em Imigrante, onde está uma das maiores metalúrgicas da América Latina. Em comparação com o ano anterior, a queda do PIB municipal superou 20%.
No segmento alimentício, o impacto da retração econômica foi pouco sentida. Essa é uma vantagem de ter o alimento como base produtiva. A força do agronegócio, das cooperativas e da diversidade produtiva evitou prejuízos da crise de 2015.
De fato, 2014 e 2015 foram dois anos em que o cenário internacional também foi desfavorável. A consequência foi sentida nos PIBs do país e do estado. Quedas da geração de riqueza eram iminentes.
Com relação ao PIB per capita, a análise é outra. Cidades com perfil agropastoril tiveram crescimento na renda dos habitantes. Nas áreas com serviços, comércio e indústrias, houve queda. Muito pelo fechamento de postos de trabalho.
Outra análise válida se refere ao tamanho da região. O Vale do Taquari representa 1,7% do território gaúcho. Uma área total igual ao município de Alegrete. Das 38 cidades, apenas uma tem mais de 70 mil habitantes. Cinco com uma população de 20 a 30 mil. As restantes têm cinco mil habitantes ou menos. Dessa forma, ao analisar a questão geográfica, pode-se dizer que a região tem representatividade econômica no RS.

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