Sem um plano sobra o fracasso

Editorial

Sem um plano sobra o fracasso

O planejamento é uma ferramenta fundamental para uma gestão eficiente, indiferente do segmento. Na vida profissional, pessoal, nas empresas e setores públicos. Com uma estratégia clara de onde se planeja chegar, é possível canalizar os esforços para o cumprimento dessas…

O planejamento é uma ferramenta fundamental para uma gestão eficiente, indiferente do segmento. Na vida profissional, pessoal, nas empresas e setores públicos. Com uma estratégia clara de onde se planeja chegar, é possível canalizar os esforços para o cumprimento dessas metas.
Com o Plano Diretor de Lajeado, há avanços nesse sentido. O problema foi a demora para debater quais mudanças precisam ser feitas nas regras. Por muito tempo, foram feitos ajustes pontuais, por vezes, baseados em interesses específicos e com pouca transparência.
A cidade cresceu, progrediu em termos de habitantes e de importância econômica. Esse desenvolvimento impacta sobre o cotidiano. A falta de saneamento básico, os gargalos da mobilidade urbana e o descompasso entre sustentabilidade x desenvolvimento são algumas falhas típicas da falta de um planejamento de longo prazo.
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A própria legislação municipal sobre o tratamento do esgoto está ultrapassada. Para uma cidade com o perfil de Lajeado, exigir fossa, filtro e sumidouro não garante a proteção ambiental. Os reservatórios não passam por manutenção periódica, transbordam, contaminando a água subterrânea e o solo. Um dos problemas disso, talvez o menor e mais sentido pelo olfato, é o mau cheiro. E o pior, é a degradação gradual e constante dos mananciais hídricos.
As dificuldades enfrentadas por Lajeado são muito similares a outras cidades de médio e grande porte, pois a pouca preocupação em planejar é uma característica brasileira. Importante que cidades menores implantem modelos sustentáveis desde agora. Caso contrário, repetirão os mesmos erros nas próximas décadas.
Para corrigir um erro histórico, o governo municipal fez o que lhe cabe. Buscou conhecimento técnico para ter um diagnóstico sobre quais aspectos devem ser reorganizados. Levou os resultados ao conhecimento dos moradores. Foram diversas reuniões, finalizadas ontem com a última audiência pública.
Importante ter em mente que o progresso só tem valor quando acompanhado de sustentabilidade. Fazer a cidade progredir não significa apenas possibilitar trabalho e renda. É preciso mais. Ajudar a garantir qualidade de vida também é missão do poder público. O início disso tudo passa pelo regramento acerca do desenvolvimento urbano.

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