A noite entre quinta e sexta-feira foi de confronto entre bandidos e polícia. A informação é de que integrantes da quadrilha que atacou duas agências bancárias em Arvorezinha estejam em dois locais. No interior de Ilópolis e Arvorezinha.
Na quinta-feira à noite, um suspeito de participar do crime que resultou na morte de um refém foi preso em flagrante durante as buscas. A prisão ocorreu em um cerco conjunto entre Polícia Civil e Brigada Militar (BM) em Ilópolis. Para a inteligência da Polícia Civil, esse fato é essencial para a identificação do restante da quadrilha.
No momento da prisão, o homem alegou ser o motorista dos criminosos. No interrogatório, repassou apelidos dos outros participantes. Alegou que aceitou participar da ação por precisar de dinheiro e negou atuação em outros crimes. O nome do preso não foi revelado.
Confronto em Ilópolis
De acordo o comandante do CRPO, coronel Gleider Cavalli, por volta das 22h dessa quinta-feira, em uma barreira composta por policiais civis, militares e federais, aconteceu um enfrentamento com os bandidos entre Ilópolis e Putinga.
Os agentes ouviram barulhos vindos da mata. “Em seguida, um grupo de bandidos entrou na estrada e se deparou com os policiais.” Neste momento começou a troca de tiros. “Ao todo foram três trocas de tiros.”
Nenhum policial ficou ferido. Pela manhã, novas buscas foram feitas no local, diz o oficial. “Não verificamos nenhum sinal de que algum criminoso tenha sido atingido.” Conforme Cavalli, há barreiras montadas em estradas vicinais e nas rodovias estaduais na região do Alto Taquari, também nas cidades próximas, como Soledade e Fontoura Xavier.
Segundo o coronel, a suspeita é de que os criminosos estejam divididos em dois grupos. Um com quatro homens e outro com dois.
Conhecimento da região
O terreno acidentado, de mata fechada e com muitas rotas de fuga, dificulta a busca aos criminosos, afirma o comandante do CRPO. “Nossa estratégia é manter as barreiras o máximo possível. No entanto, há muitas estradas.”
Conforme Cavalli, existe uma predileção dos criminosos a ataques na região do Alto Taquari. Para o oficial, isso denota que a quadrilha tenha conhecimento sobre as rotas de fuga. “Esse é a principal dificuldade para chegarmos aos assaltantes”, admite.
Para a busca aos criminosos, estão destacados 70 policiais militares. A força é composta por PMs do Vale do Taquari, o Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Passo Fundo, também de Porto Alegre, com reforço do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). Nessa sexta-feira à tarde, foram levados cães farejadores para os cercos. Por parte da Polícia Civil, em torno de 30 agentes atuam nas barreiras. Há ainda um helicóptero sobrevoando a região.
Morte do refém
A origem do disparo que matou Gelson Coproski, 34, morador de Itapuca, depende de laudo do Instituto Geral de Perícias. A vítima havia sido feita refém durante a fuga da quadrilha após o assalto a dois bancos em Arvorezinha.
Filipe Faleiro: filipe@jornalahora.inf.br