O ataque a agências bancárias resultou na morte de um refém na tarde de ontem. Gelson Coproski, 34, natural de Itapuca, foi baleado. O corpo foi encontrado ao lado de um carro incendiado pela quadrilha durante a fuga.
A identidade da vítima é extra oficial. Até o fechamento desta edição, a perícia não tinha chegado ao local. O reconhecimento foi feito por familiares. Ele era cliente do Banco do Brasil, uma das agências atacadas. Os criminosos fizeram seis reféns durante ação.
A quadrilha fugiu em direção a Linha Quatro, interior do município, divisa com Guaporé, levando os reféns. De acordo com o delegado Guilherme Pacífico, no caminho, dois carros foram abandonados e queimados. Ao lado de um dos veículos, foi encontrado o corpo de Coproski.
A Brigada Militar e Polícia Civil dos municípios vizinhos reforçaram as buscas. Em meio à fuga, houve confronto com as forças policiais.
Por volta das 16h, os outros reféns foram libertados. De acordo com o comandante regional de Policiamento Ostensivo do Vale do Taquari, Gleider Cavalli, a liberação ocorreu depois que os pneus dos carros foram furados na primeira barreira policial.
Os reféns foram encontrados a cerca de um quilômetro da estrada de onde o carro foi abandonado. “Eles caminharam até a rodovia, encontraram a polícia. Estavam com ferimentos leves.” Uma das funcionárias que trabalhava como vigia em um dos bancos foi ferida de raspão no braço e na perna. Ela foi levada ao hospital e liberada em seguida.
Segundo Cavalli, não há informações de como a vítima foi atingida. “Temos o relato de uma das reféns que, após o confronto, os criminosos começaram a disparar a esmo. Não sabemos se Coproski foi atingido dessa forma e, em seguida, jogado para fora do carro. É uma hipótese. A perícia ainda precisa analisar a cena.”
Familiares reconheceram a vítima. Gelson Coproski morava em Itapuca
Cordão humano
Além dos reféns levados durante a fuga, os criminosos obrigaram moradores e clientes dos bancos a fazer um cordão humano enquanto abordavam os funcionários dos bancos.
De acordo com o hospital, pelo menos 15 pessoas deram entrada no local para receber atendimento médico, sendo uma ferida.
Além do Banco do Brasil, criminosos atacaram a Caixa Econômica Federal. A ação simultânea aconteceu por volta das 14h. O dinheiro das duas agências foi levado.
Nas proximidades, criminosos encapuzados e fortemente armados bloquearam o quarteirão próximo aos bancos. Os funcionários do Sicredi usaram o mecanismo da porta de aço e conseguiram impedir a entrada dos bandidos.
Buscas na região
Segundo Cavalli, a BM tentou se certificar que todos os reféns estavam em segurança. Um helicóptero da BM sobrevoou a região. Barreiras foram feitas em diversos locais para tentar localizar os criminosos. A BM localizou parte do grupo e houve troca de tiros.
As buscas se estenderam durante a noite. Uma suspeita é que a quadrilha tenha se escondido na mata. Outra hipótese avaliada pela polícia é de o grupo ter sido resgatado por comparsas. Se confirmada a possibilidade, a polícia deve encerrar a procura.
Até o fechamento desta edição, os policiais continuavam o cerco aos bandidos.
Cássia Paula Colla: cassia@jornalahora.inf.br | Rodrigo Martini: rodrigomartini@jornalahora.inf.br
