Natural de Boqueirão do Leão, Alani Oliari, 22, precisou se mudar para São Leopoldo para realizar um sonho: ser comissária de bordo. Durante seis meses, estudou na Escola de Aviação Salgado Filho. Após passar na prova da Anac, em novembro, Alani se prepara para iniciar na profissão.
• Quando surgiu o interesse de ser comissária de bordo?
Desde muito cedo, por influência de pessoas conhecidas e de parentes que não moravam no RS, e que tinham contato com isso. Por ser do interior, tinha pouco contato e a área que me interessava muito. Quando completei 18 anos, conheci uma amiga que me incentivou a fazer o curso, para isso, tive que sair de casa. Primeiro residi em Teutônia, depois me mudei para São Leopoldo. Foi uma grande jornada até chegar aqui. Todo mundo fala que tem que ser um pouco louco para ser comissária de bordo, mas isso aqui é minha paixão.
• Quando descobriu que queria ser comissária de bordo?
O momento em que descobri mesmo foi quando tive contato com o curso, com pessoas da área. O comissário de voo hoje é um agente de segurança, ele é treinado para emergências e primeiros socorros, isso me encanta muito, de poder ajudar o próximo. Poderia fazer isso em terra, mas é diferente, só quem voa sabe a emoção que é estar ali. Tentei outras profissões, tentei a contabilidade, mas essa coisa de ficar sentado em um escritório não é pra mim.
• Como foi o processo para chegar até tal?
Não foi nada fácil. Como morava no interior, tive muita dificuldade, principalmente financeira, mas tive muito apoio dos meus familiares e amigos. Tive que estudar muito, muito mesmo. Mas tudo que passei valeu a pena. Hoje só tenho a agradecer por isso.
• O que destaca de aspecto positivo e negativo de estar sempre viajando?
Toda profissão tem. Consigo ver bem mais pontos positivos que negativos. A aviação te proporciona conhecer todos os pontos do Brasil e do mundo, pessoas e culturas diferentes. Tu tem independência. Comissário trabalha por escalas, então, um mês antes já sei qual é a minha programação, consigo ter uma vida social tranquila. O ponto negativo é a distância, mas como sou solteira e saí cedo de casa já vejo pouco minha família, então, como gosto do que faço, vejo mais pontos positivos. Se pudesse aconselhar todos os conhecidos a fazer esse curso, aconselharia, pois é muito bom.
Ezequiel Neitzke: ezequiel@jornalahora.inf.br