Agente comunitária do programa Primeira Infância Melhor (PIM) em Estrela, Tamara Wathier foi uma das vencedoras do 7º Prêmio Salvador Celia, entregue em Porto Alegre, nessa segunda-feira, 27. Sua poesia “Sob olhar cuidadoso” foi escolhida a melhor na macrorregião dos Vales. A rotina de cuidar da saúde das crianças foi a inspiração.
• O que inspirou você a escrever a poesia?
O trabalho que realizo nas casas me inspirou. A poesia teve como inspiração o meu dia a dia no trabalho, ao visitar as crianças, ao dar atenção e cuidado a elas, e também como mãe, aquilo que uma mãe sente pelo seu filho.
• Qual foi a sensação de ganhar o prêmio?
Foi uma sensação de vitória não apenas para mim, mas sim para o município. Eu espero que esse prêmio inspire também as próximas pessoas que vão participar do Primeira Infância Melhor. Para a cidade ver a atenção à criança, refletir que a criança precisa desses cuidados, desde o início da sua concepção, para termos uma sociedade melhor. Espero que a poesia seja um incentivo para as pessoas que vão trabalhar no programa, na missão de cuidar e acompanhar as crianças.
• Como é feito esse trabalho de ajudar a cuidar da saúde das pessoas?
Como agente comunitário de saúde, a gente realiza visitas tendo em vista algumas prioridades, como as crianças, as gestantes, os idosos, os hipertensos e portadores de doenças crônicas. A gente tem aquela tarefa de ouvir quando faz as visitas, porque as pessoas hoje têm muita necessidade de falar algo sobre suas vidas, de ter alguém ali perguntando: “como você está?”, “a sua família está bem?”.
Quando tem alguma necessidade, a gente encaminha para algum serviço social. Quando tem alguma vulnerabilidade, a família se sente mais protegida quando vê que a gente está acompanhando, dia a dia.
• Que retorno você recebe com esse trabalho?
É um retorno de satisfação em poder ajudar. Quando a gente consegue fazer o bem, em qualquer profissão, tem um retorno de satisfação, ao ver um sorriso. É um trabalho engrandecedor quando a gente vê que a pessoa está precisando de ajuda, vai lá e consegue ajudar. O trabalho como agente comunitário é muito gratificante, porque a gente está onde tem problemas de saúde, onde as pessoas precisam de mais cuidados. Eu vejo meu trabalho como uma missão, não como uma profissão. É uma missão de ajudar, acolher e orientar as pessoas, fazer com que elas se sintam importantes, demonstrar que elas são relevantes para a sociedade, que o Estado se preocupa sim com elas.
Notícia
“Vejo meu trabalho como uma missão”
Agente comunitária do programa Primeira Infância Melhor (PIM) em Estrela, Tamara Wathier foi uma das vencedoras do 7º Prêmio Salvador Celia, entregue em Porto Alegre, nessa segunda-feira, 27. Sua poesia “Sob olhar cuidadoso” foi escolhida a melhor na macrorregião dos…
