Entidades que representam as classes contábil e dos empresários da construção civil elegeram as diretorias para o biênio 2018/19. Na noite de terça-feira, 28, o Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscom) realizou assembleia que resultou na aclamação do empresário José Zagonel como presidente da entidade.
Ontem foi a vez do Sindicato dos Contadores e Técnicos de Contabilidade (Sincovat) realizar assembleia para escolha dos dirigentes para os próximos dois anos. Atual vice-presidente, Cintia Fortes foi aclamada para liderar a entidade.
Zagonel assume o cargo em sucessão ao também empresário do setor, Roberto Jachetti, que esteve à frente da entidade nos últimos quatro anos. O ainda presidente destacou a representatividade exercida pelo sindicato em defesa do setor.
Entre as ações mais recentes, apontou a contribuição de ideias e soluções para o Plano Diretor de Lajeado, por meio do Fórum das Entidades. A posse do novo presidente será em fevereiro, em data a ser definida.
Cintia sucede Rui Mallmann na presidência do Sincovat. Segundo ele, dois anos à frente da entidade passam muito rápido, ainda mais diante da demanda de ações da entidade.
A posse da nova diretoria ocorre no dia 14 de dezembro. As assembleias das duas entidades também serviram para prestar contas e apresentar o orçamento de 2018.
Entrevistas
SINDUSCOM
“As entidades têm o papel de colaborar com a sociedade”
O que representa ser presidente de uma entidade como o Sinduscom-VT?
José Zagonel – É a primeira vez que assumo a presidência, após ter sido vice por quatro anos. Acho que é uma oportunidade para toda a classe se inserir cada vez mais na comunidade. Prova dessa inserção é o estudo para o Plano Diretor que foi bancado pela entidade. O objetivo sempre é unir toda a classe do Vale do Taquari, tanto da construção civil, olarias, indústria de móveis e artefatos de cimento. São quatro setores muito importantes para região que são representados pelo sindicato. Assumirei o cargo em janeiro, e faremos em fevereiro uma posse festiva com jantar.
Qual a importância da atuação das entidades em relação às demandas da sociedade junto ao poder público?
Zagonel – Nem sempre o poder público consegue ter a noção sobre essas demandas da população. Então as entidades têm esse papel de colaborar, levando sugestões, apontamentos e incentivando discussões. Dessa forma, ganham as cidades e a região como um todo.
Os setores representados pelo Sinduscom estão entre os que mais sofreram as consequências da crise. Qual o papel da entidade diante desse cenário?
Zagonel – O principal objetivo é unir e reivindicar conjuntamente as ações. Com a mudança da lei trabalhista, os sindicatos, tanto patronais quanto de trabalhadores, passaram a ter uma importância muito grande, pois as negociações serão feias diretamente entre as entidades. Eles se tornam mais representativos com as mudanças na legislação.
SINCOVAT
“A nossa profissão muda a cada minuto”
Como foi o processo que resultou na sua escolha para presidência e o que ela representa?
Cintia Fortes – A entidade tem como praxe o vice-presidente ser treinado para assumir a presidência, e não lembro de uma eleição em que duas chapas concorreram. Faço parte da diretoria do sindicato há bastante tempo, e quando o Rui Mallmann me convidou para ser vice dele, sabia que seria presidente. Para mim é uma alegria e um desafio. Mas será muito fácil de desempenhar a função porque é uma entidade na qual todos ajudam. Além disso, dar sequência a um trabalho que já é bem-feito é muito mais fácil.
Quais as conquistas do Sincovat nos últimos anos e os principais desafios para o próximo biênio?
Cintia – Destaco a aproximação e o reconhecimento da sociedade. Anos atrás não se ouvia falar tanto da entidade como agora. Hoje temos uma aproximação com a Receita Federal e com as prefeituras, e realizamos reuniões descentralizadas. Em Lajeado, por exemplo, colaboramos com o projeto de liberação de alvarás em até 24 horas. Também estabelecemos parceria com o A Hora para o Negócios em Pauta e o Fórum de Gestão e Empreendedorismo. O principal desafio é atrair mais associados. Temos um grupo grande de contadores e nem todos fazem parte do sindicato, além de buscar cada vez mais essa aproximação com as entidades.
As entidades representativas devem atuar junto ao poder público e à sociedade?
Cíntia – Esse é o papel do Sincovat e de todas as entidades. Tanto que formamos um grupo que reúne diversos sindicatos, além de entidades como a OAB, Observatório Social, Acil, CIC-VT e outras. São a prova de que o envolvimento de todas as representações do município tem força para fazer alguma coisa. No ano passado, fizemos uma sequência de sabatinas eleitorais, por exemplo. Então, podemos sim contribuir para mudar a nossa comunidade e quem sabe até o país.
Como a atuação do sindicato pode contribuir para a qualificação dos profissionais do setor?
Cintia – Dando continuidade ao que já fazemos. É preciso estar atualizado porque a nossa profissão muda a cada minuto. É muita legislação e muitas regras que exigem educação continuada. Vamos continuar promovendo cursos das mais diversas áreas, e seguir intervindo junto aos órgãos públicos para levar as demandas dos associados. A entidade tem mais força que um contador sozinho.
Thiago Maurique: thiagomaurique@jornalahora.inf.br