Cinco escolas das redes municipal e privada adotam o cooperativismo como ferramenta de aprendizagem. A iniciativa integra 222 estudantes do 6º ao 9º ano. A proposta de cada organização será apresentada hoje, às 20h, no ginásio do Colégio Santo, para a comunidade de Estrela.
O projeto instiga habilidades como o trabalho em equipe e visa estimular valores como liderança, cidadania, empreendedorismo, independência financeira e inclusão social, aspectos pouco desenvolvidos nas escolas brasileiras, segundo pesquisa.
O apontamento faz parte de relatório do Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (Pisa, sigla em inglês). O estudo é coordenado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
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De acordo com a análise, os estudantes brasileiros figuram entre os países com pior desempenho quanto à resolução de problemas de forma colaborativa. Com média de 412 pontos, ficam na frente apenas da Tunísia.
Para especialistas, o baixo desempenho é resultado do excesso de avaliações. Hoje, as instituições concentram esforços nas provas que privilegiam o desempenho individual.
Estímulo de valores
Para mudar esse cenário, o cooperativismo se torna uma ferramenta essencial para desenvolver valores e estimular o trabalho colaborativo no ambiente escolar. Na avaliação do setor de relacionamento da Sicredi Ouro Branco, estudantes poderão aplicar os conhecimentos teóricos em atividades práticas de forma conjunta.
Em Estrela, no início do ano, escolas sinalizaram interesse em aderir ao projeto. Desde março, estudantes e professores participam de qualificação com o professor Everaldo Mariani, especialista na área de cooperativas escolares. Depois de planejamento, no mês passado, estudantes de cinco escolas fundaram as cooperativas.
Experiências viáveis
No Colégio Santo Antônio, os 22 associados produzirão detergente de cozinha e sabão. Na Arnaldo José Diel, os alunos apostam na produção de sabão ecológico em barra com essência de citronela.
De acordo com o Setor de Relacionamento da Sicredi, cada grupo fez pesquisa criteriosa para analisar se o produto proposto teria viabilidade de comercialização na comunidade escolar, bairro ou localidade. No Colégio Martin Luther, por exemplo, os alunos produzirão biscoitos caseiros.
Cássia Paula Colla: cassia@jornalahora.inf.br
