“Todos fazem a festa no Cedelinho”

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“Todos fazem a festa no Cedelinho”

Faz 19 anos que Hélio Rogério Dullius é motorista do Cedelinho, ônibus de dois andares que faz a felicidade de crianças e adultos em épocas festivas como o Natal. Aos 68 anos, destaca a alegria de fazer parte da história…

“Todos fazem a festa no Cedelinho”

Faz 19 anos que Hélio Rogério Dullius é motorista do Cedelinho, ônibus de dois andares que faz a felicidade de crianças e adultos em épocas festivas como o Natal. Aos 68 anos, destaca a alegria de fazer parte da história da região, e os desafios de dirigir um veículo tão grande pelas ruas de Lajeado.
• Com é para o senhor exercer a atividade de motorista do Celedinho?
É muito bom, pois o Cedelinho é o xodó de Lajeado e o veículo mais popular da região. Neste tempo todo, aprendi muito com as pessoas que levo. São adultos, crianças, idosos, já guiei pessoas de vários países como Alemanha, Portugal e Canadá que se hospedam aqui. Gosto muito de fazer esse trabalho, tanto que faço sozinho. Na época do Natal, é mais agitado, mas o ano todo a gente circula durante o dia.
• As pessoas acabam reconhecendo o senhor?
Fico impressionado com isso, pois pessoas que hoje são adultos, profissionais respeitáveis, vêm conversar, falar que eram crianças quando faziam passeios comigo. Já aconteceu até de estar na praia, em Tramandaí, e uma criança apontar e falar “Olha mãe, é o tio do Cedelinho.” Isso é muito bacana. Não só em Lajeado, mas também em Santa Clara do Sul, Arroio do Meio, onde eu estou as pessoas me reconhecem. Comigo andam pessoas dos bairros mais humildes e mais ricos. Todos fazem a festa no Cedelinho.
• Como é a sua relação com o veículo?
Eu cuido dele muito bem. Estou sempre atento e não deixo faltar nada. Quando tem um probleminha, primeiro faço e depois ligo para a CDL. Faço toda a manutenção e mantenho tudo em dia, pois tenho essa autonomia. Às vezes a iluminação não dura por causa das árvores e dos fios de telefone fora do padrão. Algumas redes e fios de luz estão abaixo da altura e não são vistoriados, o que chega a ser perigoso. Tem ruas que são impossíveis de passar por causa dessas coisas.
• Quais os principais desafios para guiar um veículo desse tamanho nas ruas de Lajeado?
Já arrebentei fios de telefone, porque o Cedelinho é do tamanho de um caminhão-baú. Mas em todos estes anos nunca tive um acidente ou um arranhão. Passar no centro com esse movimento, carro abrindo e fechando portas, é complicado. Mas nunca tive problemas, pois ando sempre a 20 ou 30 quilômetros por hora, e tenho um cuidado especial quando estou levando crianças.

Thiago Maurique: thiagomaurique@jornalahora.inf.br

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