O aparato tecnológico transforma a realidade das empresas. Há uma nova revolução em curso. O fenômeno chamado de Indústria 4.0 modifica a relação entre mercado e trabalho. A mão de obra deixa para trás velhos padrões e criam-se novas exigências.
As inovações atingem o campo da automação industrial, controle e tecnologia da informação, aplicadas aos processos de manufatura. Por conta disso, é possível estabelecer processos cada vez mais eficientes, autônomos e customizáveis.
Nesse contexto, a tendência é de máquinas substituírem gradativamente a participação humana. No mercado, o trabalhador terá de ser mais do que um executor de tarefas, sob risco de perder espaço e o emprego. A mão de obra sem qualificação terá dificuldade para romper as barreiras dos novos tempos.
Originado na Alemanha, o sistema tem causado impactos mundiais em relação ao mercado de trabalho e à recolocação dos trabalhadores. No Brasil, e em consequência no Vale, essa situação ainda não é uma realidade. Os efeitos não foram sentidos devido ao atraso na inserção das novas tecnologias no mercado de trabalho.
Em países onde o processo foi implantado, como nos EUA, pesquisas apontam para a valorização de profissionais preparados para atuar nesse ambiente de tecnologia e inovação.
Por outro lado, a revolução causa desemprego em outras áreas, em especial na agricultura e na indústria. Os estudos nessa área apresentam os avanços como mais velozes do que nas décadas passadas.
O assunto inclusive foi abordado no Fórum Econômico Mundial, em Davos. O gerenciamento de mudanças tecnológicas apresentando desafios no mercado de trabalho foi analisado como um dos aspectos de risco global.
Pelo relatório do evento, até 2020, há uma previsão de serem fechados 7,1 milhões de postos de emprego. A partir de uma análise otimista, pode-se pressupor que a Indústria 4.0 provoca uma melhoria na mão de obra. Pois, ao substituir tarefas manuais, operacionais, repetitivas, os trabalhadores poderiam realizar atividades para criar mais valor.
A partir dessa ideia, fica a pergunta: de que forma os trabalhadores estão sendo preparados para essas novidades?
