Bursite: movimentos repetitivos cobram um preço alto

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Bursite: movimentos repetitivos cobram um preço alto

Bursite é a inflamação da bolsa sinovial, uma estrutura cheia de líquido que fica entre um tendão e a pele ou entre um tendão e o osso. Sua função é amortecer e auxiliar no deslizamento dos tecidos. A doença pode ser…

Bursite: movimentos repetitivos cobram um preço alto

Bursite é a inflamação da bolsa sinovial, uma estrutura cheia de líquido que fica entre um tendão e a pele ou entre um tendão e o osso. Sua função é amortecer e auxiliar no deslizamento dos tecidos. A doença pode ser aguda ou crônica, com ocorrência mais comum nos ombros, cotovelos e quadril.

Pode atacar também joelho, calcanhar e dedão do pé, além de outras articulações. A causa mais comum é a repetição de movimentos em determinadas articulações ou posições que possam causar danos às bursas.
Lançar bolas ou levantar algo sobre a cabeça repetidamente, apoiar-se nos cotovelos ou ajoelhar-se por longos períodos podem desencadear crises. Ficar muito tempo sentado, principalmente sobre lugares pouco confortáveis e com superfícies duras, também é perigoso.

Alguns bursas, como no joelho e cotovelo, ficam logo abaixo da pele. São esses os locais com mais risco de traumas que podem ocasionar bursite. Além do uso excessivo e crônico das articulações, a bursite também pode ser causada por traumas ortopédicos, processos reumatológicos, gota ou por algum tipo de infecção.

Fatores de risco
Qualquer pessoa pode desenvolver bursite, mas, de acordo com especialistas, alguns fatores podem aumentar o risco do surgimento da doença. Costuma ocorrer mais em idosos ou praticantes de atividades que requerem movimentos repetitivos.
A professora de dança Chirlei Priscila Losekann, 31, começou a sentir os primeiros sintomas por volta dos 12 anos. “As articulações mais afetadas são as dos ombros, sinto muito desconforto”, conta. Ela não costuma se medicar. “Nunca tomei remédios, embora hoje ache que vou apelar pra isso”, afirma.

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Entre  os sintomas, estão dor nas articulações e sensibilidade ao pressionar a região ao redor da articulação por um período maior do que uma semana; rigidez e dor ao mover alguma articulação; inchaço, calor ou vermelhidão na articulação.
A cabeleireira Luciane Ludwg, 40, tem bursite faz seis anos. Ela acredita que a profissão, por demandar movimentos repetitivos, tenha colaborado para o surgimento da doença. Luciane já tem os movimentos do braço direito limitados e toma anti-inflamatórios. As dores mais agudas são no ombro.  “Se eu fizer mais do que três escovas em um dia, no outro, não consigo trabalhar”, conta.
Ao procurar um médico, descreva os sintomas e esteja preparado para responder às perguntas que ele fizer.

Diagnóstico
O médico iniciará os procedimentos de diagnóstico com um exame físico completo, a fim de identificar as articulações lesionadas. Também fará uma análise sobre o histórico clínico do paciente.
Depois, poderá solicitar alguns exames de imagem. O raios X, no entanto, não é capaz de diagnosticar bursite, mas pode ajudar a eliminar outras possíveis causas. Ultrassom e ressonância magnética são usados geralmente para realizar o diagnóstico. Além deles, testes de laboratório também podem ajudar.

Tratamento

O primeiro passo para o tratamento de bursite envolve medidas sugeridas por médicos, como repouso, aplicação de gelo no local da lesão e uso de analgésico para a dor. Dependendo do paciente, essas medidas bastam para tratar.
Caso elas não sejam suficientes, o médico pode oferecer outras formas de tratamento. Se a inflamação for causada por uma infecção, o médico prescreverá o uso de um antibiótico. Ele também pode recomendar fisioterapia ou exercícios para fortalecer os músculos na área afetada para aliviar a dor e prevenir a reincidência da doença.

Atenção!
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações dele e nunca se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem conversar com seu médico antes.

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