Já pensou em ganhar um “auxílio-peru” de R$ 2 mil? Pois é justamente isso que receberam os mais de 14 mil servidores e inativos ligados ao Judiciário do Rio de Janeiro. Enquanto o estado fluminense agoniza em uma de suas piores e mais profundas crises estruturais e financeiras, o Tribunal de Justiça depositou na semana passada R$ 2 mil na conta de cada servidor a título de abono de Natal.
A benesse é paga enquanto 221 mil servidores e aposentados do Rio aguardam o pagamento do salário de setembro. Conhecido como “auxílio-peru”, foi criado em 2007 e é pago a todos os servidores e inativos do Judiciário, que, diga-se de passagem, já são beneficiados em relação a outras categorias no cronograma de pagamentos de salários do Estado.
Fico pensando, cá com meus botões, que tipo de peru é este, avaliado em R$ 2 mil. A decisão do Judiciário é um deboche diante da penúria e das dificuldades financeiras enfrentadas pela população brasileira, que mal consegue pagar as contas do mês, oxalá, comprar uma galinha caipira para a ceia de Natal.
Mudança boa. Comunicação ruim
As justificativas do governo de Lajeado para promover mudanças no formato de ensino da rede pública municipal são plausíveis e contundentes. Acabar com a aglutinação de alunos de séries diferentes – tive aula desse jeito e lembro-me de quanto atrapalha o aprendizado –, unificar o calendário e a grade curricular e criar 400 novas vagas na Educação Infantil são medidas a serem comemoradas.
A insatisfação de parcela de professores, pais e alunos impactados com as mudanças é compreensível. Ainda assim, insuficiente para tirar os méritos das medidas apresentadas pela Secretaria de Educação.
Por outro lado, o governo falhou na comunicação das mudanças. Restringir-se a uma conversa com as diretoras e transferir para elas a tarefa de comunicar alunos, professores e os pais restou frustrada.
Pelo tamanho e impacto do conteúdo, poderiam ter promovido um momento especial com os 738 professores e os 293 monitores e recreacionistas. Do jeito que foi, deixou-se a informação se espalhar Lajeado afora sem a administração emitir, pelos mais variados meios disponíveis, o teor das mudanças. Já dizia Chacrinha: quem não se comunica se trumbica.
No peito
O presidente do Legislativo de Lajeado, Waldir Blau (PMDB), está disposto a assumir no peito a decisão sobre a polêmica discussão em torno de uma nova sede para a câmara. Diante da falta de acordo entre os vereadores, Blau anuncia que se valerá do poder de comando de presidente para “bater o martelo”, como disse em entrevista ao A Hora.
Resolver esse banzé que já completa quase dez anos é imperioso. Nisso Blau está correto. Chega de todo ano discutir e “brigar” pela mesma coisa. Ainda assim, sugere-se sensibilidade e bom senso frente ao contraste de opiniões entre os próprios vereadores. Quando o assunto vai para as ruas de Lajeado, a contrariedade é ainda mais contumaz. Não podemos esquecer que o dinheiro é um só. E a origem também. Portanto, decidir não comprar ou construir também pode ser uma decisão.
Decolagem autorizada
Onze anos depois, o Aeródromo Regional de Estrela volta a estar apto para pousos e decolagens. Palmas aos líderes políticos e empresariais pelo engajamento e mobilização a favor da iniciativa. Fruto de parceria público-privada, a reabertura do aeródromo recoloca o Vale do Taquari no circuito da aviação estadual e nacional, com boas perspectivas de ampliação e novos investimentos.
Caumo ou Lelo
Os prefeitos de Lajeado, Marcelo Caumo, e de Imigrante, Celso Kaplan (Lelo), disputam, dentro do PP, a presidência da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat). A eleição está marcada para o dia 7 de dezembro. A última vez que Lajeado presidiu a principal associação dos municípios da região foi em 1995, com Leopoldo Feldens. De Imigrante, o ex-prefeito Paulo Altmann foi presidente em 2007.
O Partido Progressista tem oito prefeitos na região, os quais têm o poder – mediante rodízio entre os partidos – de indicar o presidente da associação para 2018.
Buracos avançam
A precariedade dos pavimentos nas ruas de Lajeado está cada vez mais saliente. As obras de recapeamento, anunciadas pelo governo de Lajeado faz alguns meses, tardam a sair do papel. Enquanto isso, os buracos nas principais ruas da cidade se multiplicam.