A reabertura do Aeródromo Regional de Estrela representa maior proximidade do Vale com grupos empresariais de outras regiões. Também significa mais agilidade para o deslocamento de empreendedores locais aos grandes centros do RS.
Fechado desde 2006, o complexo era usado por aficionados em aviação. Para esta nova etapa, o propósito é outro. Por meio de parceria público-privada, se garantem investimentos para voos privados em pequenas aeronaves.
Ainda que seja para um público restrito, a reinauguração do espaço pode significar oportunidades para a região. Grupos empresariais com maior poder aquisitivo ganham agilidade nos deslocamentos.
Sem depender das rodovias, cada vez mais engarrafadas, empreendedores gaúchos, de outros estados e até do exterior, terão a possibilidade de embarcar e desembarcar na região. Essa condição pode interferir inclusive nos negócios. Abre-se, assim, uma prospecção para investimentos.
Para o grande público, em um primeiro momento, não há perspectiva de abertura do aeródromo para voos comerciais com itinerários estipulados. Talvez nas próximas décadas. Como preparação, há o intuito de cadastrar projetos e buscar recursos federais para adaptar o aeródromo às normas da Anac. Algo ainda muito incipiente.
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De fato, a reinauguração do aeródromo é positiva para a região. Por meio da união entre empresários e poder público, foram viabilizados investimentos e destravadas as questões técnicas que impediam a volta dos pousos e decolagens.
Essa mesma energia também pode ser canalizada na ampliação da oferta logística. A estrutura para ferrovia e hidrovia está posta. Agora é necessário fazer com que os projetos saiam do chão. A primeira lição para torná-los realidade pode estar na mobilização em prol do aeródromo.
Uma das características da comunidade local reside no poder de organização. Por meio desse esforço, houve conquistas representativas. Ainda há campo para melhorias. Muitos gargalos dificultam o desenvolvimento sustentável do Vale do Taquari.
As metas são desafiadoras. Ainda que a reabertura do aeródromo seja um motivo para se comemorar, se trata de um passo para o melhor aproveitamento de modais alternativos. Entre ferrovia e hidrovia, o obstáculo é maior. Da mesma forma, os resultados. Quando houver maior disponibilidade de transportes alternativos, teremos uma menor dependência das rodovias. A partir disso, as estratégias logísticas serão mais racionais. Transporte de curta e média distância feito por caminhões. Em longas, se usa os trens e as embarcações.
