A causa mais provável da gastrite é a fraqueza da barreira mucosa que protege a parede estomacal, o que permite que os sucos digestivos produzidos pelo estômago causem danos ao tecido que reveste o órgão.
Essa fraqueza pode ser causada pela bactéria Helicobacter pylori, que vive no revestimento do estômago e que, se não for tratada, pode causar úlceras e até câncer de estômago. Outras bactérias e vírus também podem causar infecções que levam à gastrite.
Alguns fatores considerados de risco podem aumentar as chances de desenvolver gastrite. O uso excessivo de analgésicos é um deles, pois prejudica a produção de uma substância que ajuda na proteção do revestimento do estômago. A idade também merece atenção: pessoas mais velhas têm mais chances de desenvolver a doença.
A jornalista Cláudia Reinert, 27, sofreu com gastrite na adolescência. O quadro não era crônico e ela tomava Omeprazol para atenuar as crises. “Meu caso foi um misto de ansiedade e longos períodos sem me alimentar”, afirma.
Ela conta que vomitava bastante e tinha muita dor no estômago. Além da medicação, a saída foi rever os hábitos alimentares e diminuir a correria do dia a dia. “Depois que passei a controlar a alimentação, as crises passaram”, atesta.
A doença pode passar despercebida, mas também pode manifestar alguns sinais. Problemas de digestão, queimação e azia, náuseas, vômitos, perda de apetite e dores abdominais estão entre os principais sintomas.
Diagnóstico
O médico avalia o histórico familiar e os sintomas, mas isso não basta para o diagnóstico. Existem exames que poderão determinar qual a causa.
Algumas medidas podem ajudar na recuperação e facilitar o tratamento. Comer menos e com menor intervalo entre as refeições pode ajudar no controle da produção de ácidos do estômago. Isso ajuda na digestão e evita desconfortos.
De um modo geral, o tratamento para gastrite é bem-sucedido. Mas, dependendo da causa, a recuperação pode demorar mais do que o previsto. O importante é iniciar logo o tratamento para evitar complicações mais graves.