Feira muda a rotina do Alberto Torres

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Feira muda a rotina do Alberto Torres

Cerca de 20 expositores mostraram produtos para a comunidade no colégio

Feira muda a rotina do Alberto Torres
Lajeado

Para aproximar a comunidade do Colégio Alberto Torres (Ceat), o educandário abriu as portas para a 14ª Feira/Exposição de Arte, Artesanato e Culinária. Cerca de 20 expositores participaram do evento.

Segundo a coordenadora da atividade, a professora Rosecler Franzmann, a culinária ficou por conta da Oase. As senhoras fizeram pães, cucas, bolos e roscas. “A ideia é proporcionar a integração da comunidade com a escola”, diz.

O casal Osvaldina da Costa, 52, e Deoclécio Ferreira da Costa, 60, mora no Conservas e tem três filhas que trabalham no Alberto Torres. Sempre venderam peças de crochê sob encomenda. Foi a primeira vez que expuseram em uma feira. “Quero ver se agora vamos em outras.”

Tapetes, sapatinhos de bebês e capas de garrafas térmicas são alguns dos produtos que a mulher aprendeu a tecer na infância, com as professoras de uma escola de Barros Cassal. “Deixava de estudar para ficar fazendo crochê”, lembra.

Casas para passarinhos

Um nicho inusitado também teve espaço no evento. Há cerca de quatro anos, o engenheiro agrônomo aposentado Nilo Cortez dedica seis horas por dia à fabricação de casas e comedouros de passarinhos.

A ideia surgiu do interesse pelo meio ambiente – durante anos, ele trabalhou na Emater – e do dom em fabricar brinquedos de madeira. Dessa união, nasceu a Imobiliária Bate Asas. “Assim, eu continuo na natureza”, comenta o morador do Carneiros.

Em média, vende de dez a 15 casas por mês. Por valores que variam entre R$ 10 e R$ 40, os itens são comercializados nos eventos locais de Lajeado e sob encomenda. Contudo, o maior retorno que Cortez recebe não é monetário. “Isso aqui me poupa o valor da consulta médica para tratar estresse”.

Hobby vira reforço para o orçamento

O mecânico de refrigeração Fernando Rocha, 55, também iniciou a atividade como artesão de vidros como um hobby. O primeiro copinho, feito do gargalo de garrafa sobre uma base de tampinha, atendeu a uma demanda da filha, que trabalha com eventos.

Depois disso, a produção não parou de crescer. Ele mesmo desenvolveu o maquinário, que hoje inclui seis aparelhos de corte, polimento e preparação do vidro. O catálogo já inclui cerca de 70 tipos de peças, como copos, terrários, luminárias e suportes para velas, com valores de R$ 4 a R$ 130.

São produzidas entre 500 e 600 todos os meses, apenas para feiras. Já chegou a confeccionar duas mil unidades em um único mês. Também faz encomendas especiais. Para uma formatura de Gastronomia, por exemplo, fez um lustre com 198 garrafas de Heineken.

Para ter material suficiente, ele fez uma parceria com dois papeleiros, que se tornaram fornecedores. “Além de reciclar, conseguimos ajudar com uma fonte de renda que eles não teriam.”

Gesiele Lordes: gesiele@jornalahora.inf.br

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