Recessão e volta do crescimento

Editorial

Recessão e volta do crescimento

O IBGE mostrou ontem que todos os estados tiveram queda no PIB em 2015. O estudo sobre os bens e serviços ocorre desde 2002. Essa foi a primeira vez que o índice teve redução em todas as unidades da federação.…

O IBGE mostrou ontem que todos os estados tiveram queda no PIB em 2015. O estudo sobre os bens e serviços ocorre desde 2002. Essa foi a primeira vez que o índice teve redução em todas as unidades da federação.
Os efeitos dessa constatação são sentidos no cotidiano. Seja na redução das vagas de trabalho, na volta da inflação e na diminuição do consumo. Trata-se da confirmação do cenário desastroso na economia nacional.
A recuperação é sempre mais lenta. Frente a isso, mesmo com a volta do otimismo na indústria, a tendência é de mais um período de aperto às famílias e para os setores produtivos.
Pode-se estimar que o pior da recessão tenha ficado para trás. Há sinais de retomada do crescimento, como a redução da taxa de juros e a queda na inflação, mas ainda existem desafios a serem superados.
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O estudo do IBGE retrata um momento em que a crise política e econômica alcançou o ápice. De fato, 2014 e 2015 foram dois anos em que o cenário internacional também era desfavorável. A consequência foi sentida inclusive no PIB dos estados.
Não há uma receita pronta para fazer o país voltar a crescer. São necessárias atitudes em diversas frentes. Vai desde assegurar o equilíbrio nas contas públicas, de ações para atrair investidores internacionais, desburocratizar processos e tributos. Tais medidas podem tornar o ambiente propício para os negócios.
Em meio a isso, o governo federal precisa se manter estável. Muitos dos problemas enfrentados se devem à falta de planejamento na política econômica e da instabilidade política.
Com a chegada de um ano eleitoral, criam-se expectativas para a retomada da nação. Antes de planos mirabolantes, o próximo presidente precisará de força para reformas estruturantes, a tributária, política e, em caso de não ser aprovada, a previdenciária.

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