Com o sonho de se tornarem jogadores profissionais como Neymar, Messi, Cristiano Ronaldo e Marta, 31 crianças participaram do lançamento do projeto socioeducacional promovido pela Saidan, com o apoio do jornal A Hora, Airton Seguros, Fruteiras Degasperi, Rádio Independente e Lajeadense.
Levantamento realizado pela Saidan motivou a entidade a pensar em uma alternativa para dar ocupação a cerca de quatro mil jovens e crianças dos bairros Jardim do Cedro, Conservas, Morro 25, Santo Antônio e Nações.
Pai de duas crianças, uma de 13 e outra de 10 anos, Paulo considera gratificante ver o empenho das entidades para ajudar as famílias dos bairros. “Todos sabem como é complicado morar aqui no Santo Antônio, iniciativas assim nos deixam mais tranquilos, pois agora meus filhos têm onde ficar no contraturno escolar.”
Um dos idealizadores, Airton Paulo Bernhard, da Airton Seguros, ressalta que no futuro as crianças poderão ser jogadores profissionais, desde que tenham paciência e sejam dedicadas. “Temos o exemplo do Kevin, que morou aqui na Saidan e hoje atua nas categorias de base do Grêmio.”
As inscrições podem ser feitas nos dias de treinamentos, nas terças e quintas-feiras, das 9h às 10h30min e das 14h às 16h. Destaca também que será feito um concurso cultural com as crianças para escolher o nome do projeto. “Junto com a inscrição, o aluno dará uma sugestão. Se o nome for escolhido, o estudante ganhará uma kit do Lajeadense e uma bola.”
Conforme Douglas Bertoldi, professor que auxiliará nas atividades, o projeto não anda sozinho e o principal objetivo é a participação das crianças nos treinamentos. “Futebol é um meio de desenvolver fisica e mentalmente os alunos.” A ideia inicial, informa, é fazer trabalhos técnicos e táticos para depois aprimorar a parte do jogo.
Escolinha será o primeiro passo
Segundo o presidente da Saidan, Jorge Felipe Eckert, a maior preocupação é dar oportunidades para os jovens praticarem esportes e se desenvolverem. “Estamos projetando um centro socioeducacional, com intenção de dar oportunidades para crianças e jovens, para que tenham boas oportunidades profissionais no futuro.”
A entidade tem 2,6 hectares disponíveis para o centro e estão sendo estudadas duas possibilidades de implantação do projeto. Uma prevê que seja feito por partes. Cada módulo seria aplicado de acordo com a entrada de recursos e da disponibilidade de voluntários. Após devem ser incluídos outros como reforço escolar, meio ambiente, tecnologia e especialização profissionalizante.