Catapora é uma das doenças mais comuns na infância. Causada por vírus, ela pode ser contagiosa para quem nunca teve ou para aqueles que não receberam a vacina. É caracterizada pelo surgimento de bolhas vermelhas na pele, espalhadas por todo o corpo, que causam coceira e outros sintomas.
É causada pelo vírus varicela-zóster, um integrante da família do herpes-vírus, também responsável pela herpes zóster – conhecida como cobreiro – em adultos. O contágio acontece por meio do contato com o líquido da bolha ou por meio de tosse ou espirro. Mesmo aqueles que estão infectados e não apresentam os sintomas da doença podem transmiti-la.
Quando alguém é infectado, a catapora leva de dez a 21 dias para se manifestar. As pessoas podem transmitir o vírus a partir de um ou dois dias antes de a doença irromper no corpo. Elas permanecem contagiosas enquanto as bolhas encrostadas estão presentes.
Fatores de risco
Crianças são mais propensas a apresentar catapora, especialmente antes dos 10 anos. A doença costuma ser moderada, embora possam ocorrer complicações em alguns casos. Normalmente, os adultos e as crianças mais velhas ficam mais gravemente doentes do que crianças menores.
A funcionária pública, de Lajeado, Kelli Cristina Einloft, conta que os três filhos tiveram catapora antes dos 10 anos. “Eles apresentaram febre baixa, o desconforto maior eram as lesões na pele, que coçavam bastante”, lembra. Como as três infecções foram no verão, as crianças suavam bastante e acabavam com mais dores. Para aliviar, Kelli banhava bastante os pequenos para diminuir o suor.
A pessoa que teve catapora apresenta pequena chance de voltar a ter a doença. O mesmo acontece no caso da vacina: uma vez vacinado, muito pequena será a chance de contrair a doença.
Sintomas
A infecção por catapora dura de cinco a dez dias. Os primeiros sintomas surgem, geralmente, um a dois dias antes das erupções características da catapora. Eles permanecem por cerca de quatro a cinco dias antes de desaparecerem completamente.
As bolhas surgem inicialmente na face, no tronco ou no couro cabeludo e se proliferam a partir daí. Em geral, o surgimento de pequenas bolhas no couro cabeludo confirma o diagnóstico.
Um ou dois dias depois, as bolhas ficam acinzentadas e viram crostas. Enquanto isso, uma nova onda de bolhas pipoca em grupos. Com frequência, a catapora surge na boca, na vagina e nas pálpebras.
Os sintomas mais graves são mais frequentes em crianças com sistema imunológico problemático. Isso pode ser resultado de uma doença ou de medicamentos, como quimioterapia e esteroides. Crianças com problemas de pele, como dermatite atópica, podem ter mais de 1,5 mil bolhas.
Diagnóstico
O diagnóstico de catapora geralmente é feito somente com exame físico. Uma simples análise do histórico médico e a observação dos sintomas, especialmente se há ocorrência de erupções na pele, já bastam para o médico realizar corretamente o diagnóstico.
Se houver dúvidas, poderão ser realizados exames de sangue e testes envolvendo a coleta de pele ou secreção nas próprias bolhas.
Tratamento
Na maioria das vezes, manter a criança confortável enquanto o corpo combate a doença sozinho é o suficiente. Evite levá-la à escola ou à creche, uma vez que a doença é contagiosa e outras crianças poderão ser infectadas.
Já foram desenvolvidos medicamentos antivirais seguros. Para que apresentem a melhor eficácia possível, devem ser ministrados em até 24 horas após o surgimento das erupções.
Em alguns casos, a catapora não exige tratamento, pois pode desaparecer por conta própria. Nessas situações, o médico poderá apenas descrever medicamentos para aliviar a coceira.