O atendimento do Samu está ameaçado. Mais uma vez, integrantes do Consórcio Intermunicipal de Saúde (Consisa) recorrem aos prefeitos para garantir o custeio do serviço. Reunião marcada para hoje é mais um capítulo desta novela.
Propagado como um serviço necessário e com potencial para qualificar o atendimento nos casos de urgência e emergência, o Samu se tornou mais um exemplo da falta de planejamento na implantação de políticas governamentais. Funciona por um tempo, conquista a credibilidade da população e aos poucos é deixado de lado pelo Estado e pela União. Em seguida, o caso cai sobre os gestores municipais.
O convênio pressupõe participação das três esferas públicas (União, Estado e municípios). Por parte da Federação, a responsabilidade está em conceder os veículos e equipá-los, além de um repasse mensal para os municípios. Ao Estado e às cidades, fica o custeio do serviço.
Diante disso, desde o início do governo Sartori, o Consisa alerta para o descumprimento do contrato. Os atrasos ultrapassam R$ 1 milhão. No ano passado, os prefeitos aceitaram pagar mais caro para manter o Samu. Neste momento de contenção, mais uma vez, são chamados para cobrir o rombo do serviço.
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Trata-se de um serviço indispensável. As equipes são as mais preparadas para momentos delicados. Acidentes de trânsito, por exemplo. O atendimento do Samu pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Como o Vale do Taquari é cruzado por rodovias importantes, com alto fluxo, ficar sem o Samu pode representar elevação no número de colisões fatais.
O momento é delicado, como mostra matéria da página 4. As equipes de médicos, enfermeiros, técnicos e motoristas não sabem a data em que receberão os salários. Os atrasos são constantes. Essa insegurança desmotiva os trabalhadores e dificulta inclusive a contratação de mais funcionários.
Esse é o resultado da incompetência histórica nas gestões públicas, em especial no Estado e na União. Se gasta muito e mal. Nos discursos atuais, palavras de austeridade, de otimizar os recursos para garantir o serviço básico à população. Na prática, o alto clero do serviço público mantém suas benesses.
Editorial
Um passo para fechar
O atendimento do Samu está ameaçado. Mais uma vez, integrantes do Consórcio Intermunicipal de Saúde (Consisa) recorrem aos prefeitos para garantir o custeio do serviço. Reunião marcada para hoje é mais um capítulo desta novela. Propagado como um serviço necessário…