O Cpers/Sindicato apresentou ontem uma contraproposta ao governo do Estado para encerrar a greve que já supera dois meses. A principal exigência entregue à Secretaria da Educação (Seduc) é de que o ano letivo de 2017 seja recuperado em março de 2018, depois que os professores tenham asseguradas as férias de 45 dias a partir de janeiro. A condição causou surpresa aos integrantes do governo que participam das negociações.
“Desde 1979, na primeira greve do magistério até hoje, é a primeira vez que vejo apresentarem uma proposta dessas. Encerrar a greve, fazer as férias dos professores e voltar depois para cumprir o ano letivo de 2018”, disse a secretária-adjunta da Educação, Iara Wortmann. Como a audiência não havia sido agendada, o secretário Ronald Krummenauer não participou da reunião devido a compromisso com coordenadores regionais de Educação, em Santa Cruz do Sul.
Iara ressaltou que a recuperação dos dias de greve para os alunos é uma condição indispensável. “Pelo ano letivo do calendário escolar, são no mínimo 200 dias letivos e 800 horas/aula. Isso é uma determinação federal. Entendo que, para cumprir, não pode fracionar”, reforçou.
Levantamento feito pela Seduc nessa segunda-feira, a partir de informações das 30 coordenadorias regionais, aponta que 2.466 alunos haviam feito transferências, dos três anos do Ensino Médio e do 9o ano do Fundamental. Em greve total, são 68 escolas (2,7% entre as 2.545), dez a menos do que na semana passada.