O ataque aconteceu na madrugada dessa sexta-feira, na rua Lautert Filho, centro. Por volta das 2h30min, quatro criminosos armados renderam oito pessoas que estavam em um bar ao lado da agência.
De acordo com a Brigada Militar (BM), foram usados explosivos para destruir a agência. Após o ataque, que durou cerca de 10 minutos, o grupo fugiu em uma Blazer preta.
A polícia fez buscas na região, mas até o fim da noite de sexta-feira não havia pistas dos ladrões. Guarnições da Brigada Militar (BM) de Taquari, Paverama, Estrela e Teutônia, além do BOE, que está com um efetivo na região, fizeram barreiras.
A agência bancária foi isolada e uma equipe da Polícia Federal esteve no banco para realizar os levantamentos necessários.
“Muito assustador”
O motoboy Daniel Fleck passava em frente à Caixa Econômica na hora da explosão. “Foi muito assustador, parecia filme de terror, a impressão é que tinha explodido botijões de gás. O estouro foi forte, tinha vidro voando por toda rua, gente correndo, com medo de morrer.”
Fleck teme pela segurança no município. Para ele, é preciso mais atenção por parte dos órgãos públicos. “Está muito perigoso sair na rua, Taquari já foi uma cidade boa e calma de morar. Agora não é mais.”
Um homem de 22 anos passou de carro um pouco antes da explosão e conta que ao circular em frente viu várias pessoas de mãos dadas e achou que era alguma comemoração. “Quando passei, achei que estavam tirando fotos. Em seguida, saiu um homem da direita, outro da esquerda e mais um ficou na frente, e todos encapuzados. Eles deram quatro tiros contra o carro, mas consegui fugir, fiquei muito assustado, nunca imaginei passar por isso. Agora vou procurar não andar tão tarde pela rua.”
Outro morador que também não quis se identificar estava no bar quando os bandidos chegaram. “Eles disseram a um dos reféns que se soubessem que era tão fácil já tinham vindo antes.” Quase 30 pessoas ficaram abaixadas no balcão, conta. Umas pularam uma cerca de arame farpado para fugir pelos fundos, mas ficaram trancadas no depósito do bar, relembra.
Guilherme Freitas, 24, estava em uma confraternização com os amigos quando os bandidos chegaram. “Nos fizeram de refém, mandaram a gente ficar de mãos dadas no meio da rua e começaram a explodir tudo.”
Foi um momento muito tenso, conta. Relembra que os reféns foram obrigados a ficar de costas para os bandidos enquanto eles armavam as bombas.
Enquanto isso, um deles ficava com o fuzil apontado para o grupo de civis. “Mandaram a gente ficar parado que não ia acontecer nada, eu senti muito medo na hora, achando que o pior ia acontecer, estou bem abalado com o que aconteceu.”
Marieli Rosa: marieli@jornalahora.inf.br