Empresário do  Vale ajuda a fundar  CTGs pelo mundo

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Empresário do Vale ajuda a fundar CTGs pelo mundo

Governo estadual reconheceu Delazeri como embaixador honorário do Rio Grande do Sul

Empresário do  Vale ajuda a fundar  CTGs pelo mundo
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Natural de Pouso Novo, o empresário Jatir Delazeri mora em Los Angeles desde 1984. Lá ajudou a fundar sete CTGs nos Estados Unidos e um no Canadá.

“Com o passar do tempo, dentro de mim, começou a se formar a ideia de fundar um CTG. Onde periodicamente poderíamos reunir um grupo de pessoas com mesmos costumes e falando a mesma língua”, diz Delazeri. Assim em 20 de setembro de 1992 surgiu o 1o CTG nos Estados Unidos, em Los Angeles. Fizeram parte da fundação do Centro Cultural Gaúcho General Bento Goncalves da Silva 15 famílias, formadas por gaúchos, brasileiros e norte-americanos.

Segundo o empresário, conhecido por Cosmo Delazeri, nos anos de 1990 a 2010, foi feito um trabalho intensivo com o tradicionalismo gaúcho na formação de novos CTGs. Ao mesmo tempo, ele atuava na comunidade local participando nas diretorias de grupos de vizinhos. Também ajudou na Câmara de Comércio, além de outros trabalhos voluntários. “Nesse período recebi mais de dez certificados de agradecimentos de deputados federais e estaduais, de vereadores da cidade de Los Angeles e de outras autoridades, pelos serviços prestados à comunidade”, conta.

Em 2017, Delazeri recebeu do governador José Ivo Sartori o certificado de Embaixador Honorário do Estado, pelos serviços prestados à cultura e ao folclore gaúcho nos Estados Unidos.

Quando morava no RS, o gaúcho conta que entrou apenas duas vezes em centros tradicionalistas. “Uma das vezes foi junto com um amigo, isso foi em 1970 no CTG Quero-Quero, em Esteio. Em Relvado, onde vivi até os 20 anos de idade, não tinha CTG.” Mas a saudade e as recordações do Sul o fizeram valorizar ainda mais a cultura gaúcha e também dos antepassados italianos.

Jatir Delazeri levou para a América do Norte os costumes e tradições gaúchas. Também difundiu pelos EUA os valores cultivados pelos descendentes italianos

Jatir Delazeri levou para a América do Norte os costumes e tradições gaúchas. Também difundiu pelos EUA os valores cultivados pelos descendentes italianos

Livros

Ainda neste ano, quando esteve no RS, no mês de setembro, Delazeri publicou a obra Caminho Percorrido por uma Família de Imigrantes Italianos. O exemplar trata da imigração da família Delazeri do norte da Itália para o sul do Brasil e da experiência de imigração do gaúcho para os Estados Unidos.

“Já estou trabalhando no meu quarto livro que levará alguns anos para ficar pronto. Terá como título O que Eu Penso da Vida.  “Falarei sobre o que penso das origens do ser humano, sua evolução e seu comportamento”, comenta.

Em 1987 publicou a primeira obra Um Ítalo-Gaúcho em Los Angeles, na qual fala dos ancestrais, da infância e da juventude. Em 2007, Nasce um Povo e uma História foi seu segundo livro. Nele trata das origens e da formação da cidade de Relvado. Os três fazem parte do arquivo da Biblioteca Pública Central de Los Angeles, no setor língua estrangeira.

História de vida

Delazeri tem formação em eletricidade, eletrônica, pinturas e soldas elétricas e fez parte da graduação em Arquitetura e Engenharia Mecânica. Trabalhou por mais de dez anos no Estaleiro em Porto Alegre. No fim da década de 70 e início dos anos 80, a empresa demitiu os mais de três mil funcionários e Delazeri ficou desempregado.

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Seu irmão Nilton morava nos Estados Unidos e o convidou para trabalhar com ele na oficina mecânica. Em 1984, quando tinha 35 anos, viajou para Los Angeles. Gostou e acabou ficando por lá. Hoje também é cidadão norte-americano. É casado com Irene Zafaneli Delazeri e tem uma filha, Stephanie, 22, nascida nos Estados Unidos.

Em 1990 abriu o próprio negócio, uma loja de peças para carros e uma oficina mecânica. Trabalhou até 2014, quando comprou o prédio. Se aposentou e alugou o espaço. Hoje continua fazendo pesquisas sobre o tradicionalismo gaúcho e a imigração italiana no Brasil e também escrevendo livros.

“Com o passar da vida, aprendi que tudo que fica escrito o tempo não consegue apagar. Comecei a escrever para jornais, revistas, participar de programas de rádio e televisão daqui dos Estados Unidos para o sul do Brasil, comecei a gostar, nas horas de folga, comecei a escrever meus livros”, comenta.

Gisele Feraboli: gisele@jornalahora.inf.br

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