Um grupo de moradores da Linha Argola esteve na câmara de vereadores nessa segunda-feira para reforçar o pedido apresentado na sessão do Projeto Câmara Cidadã realizado na comunidade no dia 23. Eles buscam a reabertura da Unidade de Saúde da comunidade, fechada desde 2016.
“Viemos cobrar melhorias. A intenção foi pressionar para reabrirem o posto de saúde”, menciona o presidente da comunidade, Nédio Bagatini.
Conforme a secretária, desde abril do ano passado, a localidade tem seis fichas disponíveis para atendimento no Posto de Saúde Central nas quartas-feiras de manhã. “Realmente as da Linha Argola nunca são usadas”, comenta Clarissa Scatolla.
Segundo ela, é esperado até as 10h30min. Quando chega esse horário e não vem ninguém, outras pessoas são atendidas.
Sobre a possibilidade de abrir o posto, Clarissa menciona ter sido comentado também com o clube de mães da comunidade que uma das ideias é um ônibus consultório itinerante do Rotary Club. A entidade fez uma cedência para o município.
Fechamento
Segundo Clarisssa, a unidade de saúde foi fechada por haver atendimento só uma vez por semana. Também porque os médicos relataram ser feita apenas a troca de receita no local.
“Os médicos argumentaram que pra eles isso não é saúde pública. Infelizmente eu concordo com eles. Saúde pública é fazer o que estamos fazendo no Posto Central onde há grupos de diabéticos, hipertensos e cardiopatas, que já saem com a medicação”, frisa.
Questionamentos
A vereadora Yê (PMDB) mencionou não ser favorável a oferecer fichas apenas na quarta-feira. Segundo ela, é preciso levar em consideração que muitos idosos dependem dos filhos para virem ao centro e nem todos têm disponibilidade. Também questionou casos de pessoas que precisam de atendimento em outros dias da semana.
A secretária esclareceu que há o Pronto Atendimento no centro para esses casos. No local, a demanda é livre e há em média 70 atendimentos diários.
Volmir Kunzler (PMDB) sugeriu repensar a situação e pelo menos a volta do médico uma vez por semana. Segundo ele, o posto também atendia as linhas Anita, Azevedo e Garibaldi.
Moacir Tramontini (PTB) destacou que a solicitação já havia sido feita e a comunidade espera um posicionamento.
Celso Cauduro (PMDB) sugeriu atendimento médico pelo menos um dia por semana.
Marino Deves (PP) acredita ser possível destacar o médico que atende em Jacarezinho para a localidade uma vez por semana.
De acordo com Sander Bertozzi, quando o posto foi construído, há 16 anos, foi uma conquista para a comunidade e mantê-lo em funcionamento é vital para os moradores.
Gisele Feraboli: gisele@jornalahora.inf.br