A funcionária pública Cleonice de Almeida, 39, nasceu em Taquari e desde criança é apaixonada pelos animais. Em 2013, em uma conversa entre amigas, tiveram a ideia de criar a Associação Protetores dos Animais da cidade.
• Como e quando surgiu seu interesse pela causa animal?
Desde pequena, sempre fui muito envolvida com animais, e brigava com os outros quando via alguma maldade. Em 2013, perdi minha cadelinha de estimação. Foi então que uma amiga falou que fazia parte de uma ONG, que estava iniciando na cidade.
• Desde quando você é presidente da associação? De onde provêm as receitas?
Desde 2015, estou à frente desse trabalho, e é uma responsabilidade muito grande, mas muito produtiva e que me dá muita alegria poder ajudar esses animais, que tanto necessitam. Por se tratar de uma ONG sem fins lucrativos, realizamos brechós, rifas, bingo, para pagarmos atendimentos veterinários, castrações, compra de medicamentos e ração.
• Qual o maior desafio que vê nesse trabalho?
Além da conscientização, a falta de comprometimento com os animais. Umas das coisas que mais me faz sofrer é que algumas pessoas ligam ou mandam mensagens desaforadas sobre algum animal abandonado ou machucado, como se nós tivéssemos a obrigação de resolver tudo. Fizemos o que está ao nosso alcance. As pessoas precisam entender que trabalhamos, outros estudam e não têm como sairmos na hora e atender. Por isso, a importância da conscientização e ajuda de todos.
• Além de incentivar a adoção de animais abandonados, quais as outras ações realizadas pela associação?
Realizamos palestras de conscientização nas escolas sobre abandono e maus-tratos. E por meio de denúncia vamos até o local averiguar. Mas no primeiro momento tentamos uma conversa amigável, pois muitas vezes conseguimos, com uma orientação, fazer a pessoa cuidar melhor de seu animalzinho.
• Como você vê os cuidados da população com os animais?
Em Taquari. existem muitos casos de maus-tratos e abandono, então, pedimos a comunidade que não se cale e que seja a voz desses animais, pois eles não têm como se defender.
• Se tivesse de mandar uma mensagem às pessoas, o que diria?
Somos pessoas como você, trabalhamos, estudamos, temos família e muitos compromissos. Amamos os animais. Trabalhamos de forma voluntária e muitas vezes tiramos dinheiro do próprio bolso para comprar ração ou medicamentos. Se você viu um animal abandonado ou machucado, ajude. Se cada um fizer a sua parte, com certeza fizemos a diferença.
Marieli Rosa: marieli@jornalahora.inf.br
