O crescimento do empreendedorismo no Brasil é inegável. Apesar da instabilidade econômica, de uma carga tributária elevada e uma burocracia que atrapalha o desenvolvimento de negócios, o número cresce a cada dia, a ponto de colocar o país na liderança em empresas registradas entre as dez principais economias do mundo.
O número de pessoas jurídicas supera, inclusive, o de trabalhadores com carteira assinada. São 48 milhões, contra 33 milhões de funcionários contratados por meio da CLT. Maior economia mundial, com uma população 60% maior que a brasileira, os Estados Unidos têm 24 milhões de empresas registradas.
A informação de que o país considerado o suprassumo do empreendedorismo tem a metade do número de empresas do que o Brasil evidencia as lacunas do nosso setor privado. Sete, em cada dez brasileiros donos do próprio negócio, têm renda abaixo de um salário mínimo.
O índice alarmante vem na esteira de uma crise econômica. Quase 60% dos brasileiros abrem uma empresa porque ficaram desempregados ou porque o emprego atual não é suficiente para pagar as contas. Nos EUA, o índice cai para 29%.
Todos esses números mostram uma necessidade urgente de melhorar a qualidade do empreendedorismo. Se temos um número elevado de empresas, garantir que essas organizações gerem renda, empregos e ajudem a alavancar a economia é vital para o desenvolvimento das cidades, regiões e do país.
Não existem fórmulas para o êxito, mas o conhecimento continua sendo a base para qualquer avanço. Nesta edição do caderno Negócios em Pauta, apresentamos um dos conceitos fundamentais diante da velocidade das mudanças da sociedade e da forma de fazer negócios. Tema de workshop realizado em Estrela, a educação continuada se mostra indispensável para a constante evolução exigida para a sobrevivência no mercado.
Entrevistada do mês, a presidente da Ciamed, Renata Galiotto, exemplifica o valor do conhecimento nos negócios. A filha de agricultores superou uma infância humilde e passou por grandes dificuldades na juventude antes de criar uma das mais importantes distribuidoras de medicamentos do RS.
A dedicação de Renata aos estudos, em um processo constante de qualificação, foi o suporte necessário para a criatividade e a persistência da empresária resultarem em sucesso e colocarem Encantado no mapa da indústria farmacêutica.
Na sessão de Economia Criativa, abordamos a dificuldade de as empresas gaúchas se adaptarem à transformação digital, expressa em pesquisa sobre o grau de maturidade na rede. Também abordamos iniciativas de empresas regionais que buscam aproveitar o ambiente digital como forma para melhorar os processos.
A idade mais adequada para começar a tratar de finanças pessoais na educação dos filhos é tema da matéria sobre economia doméstica. Professor de Educação Financeira da Univates, Gabriel Braido aponta dicas para trabalhar o assunto no ambiente familiar.
Boa Leitura!