Observatório Social, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Sincovat, Acil e CDL serão chamadas para debater, junto com os parlamentares, sobre a sede própria da câmara de vereadores. O pedido foi oficializado na sessão antecipada dessa quinta-feira, por meio de um requerimento assinado por 12 vereadores. Na próxima sessão, dia 7 de novembro, uma votação deve escolher o melhor modelo.
O requerimento foi coordenado por Ederson Spohr (PMDB). A intenção recebeu apoio de quatro partidos, além dos colegas de sigla Carlos Ranzi e Marcos Schefer. Também assinam o documento Sérgio Kniphoff, Sérgio Rambo e Nilson Do Arte, todos do PT, Ildo Salvi (REDE), Mariela Portz (PSDB), Neca Dalmoro (PDT), Delorges Deves (PSC), e os progressistas, Mozart Lopes e Fabiano Bergmann.
No texto do requerimento, os parlamentares pedem que o presidente receba “oficialmente” todas as propostas sobre a construção ou aquisição da nova sede do Legislativo. Além disso, solicitam à mesa diretora para oficiar todas as entidades civis já citadas para colaborarem no debate. No documento, eles deixam em aberto a possibilidade de chamar outras associações ou sindicatos.
A finalidade do documento, conforme a íntegra da justificativa descrita pelos vereadores, é ampliar “o debate sobre a construção da nova sede da casa do povo, antes que seja tomada qualquer decisão.” O pedido foi encaminhado na mesma sessão em que o presidente da câmara, Waldir Blau (PMDB), anunciou a intenção de colocar em votação três alternativas para o debate.
“A minha ideia é protelar essa decisão, para ouvirmos mais a comunidade e as nossas entidades. Não é dinheiro nosso. Não vamos rasgar esse dinheiro. E não precisamos decidir neste ano. Por que a pressa, afinal”, questiona Spohr, acrescentando que pretende chamar outras entidades, como Univates e Alsepro. “Todos estão convidados a participar”.
De acordo com a decisão de Blau, devem ir à votação apenas duas propostas de compra de prédios antigos: o imóvel da Acvat, na av. Benjamin Constant, esquina com a rua Júlio May, e avaliado em R$ 6,5 milhões, e o Alvorada Center, na esquina da av. Alberto Pasqualini com a rua Bento Gonçalves, com um custo estimado em R$ 6,9 milhões.
Além dessas, Blau pretende colocar em votação a possibilidade de construir um prédio no terreno da antiga Praça Mário Lampert, na rua Júlio May. Para tal, havia uma planta feita em 2005 pela Seavat, cujo orçamento superaria os R$ 15 milhões. Na terça-feira, a pedido de Spohr, a Construtora Zagonel apresentou novo projeto arquitetônico para o terreno, baixando custos para R$ 4,5 milhões.
Debates no Facebook
Os debates iniciados no plenário também ecoaram nas redes sociais, nessa sexta-feira. Em sua página oficial no Facebook, Rambo comentou sobre a matéria do A Hora, na qual ele foi citado como o único parlamentar que se manifestou contrário – ainda no início deste ano – ao projeto de 2005, hoje avaliado em R$ 15 milhões.
Na postagem, e diferente do conteúdo publicado na matéria, Rambo afirma que teria sido contra, também, à compra de prédios antigos. “Deixe sua opinião a respeito da construção de uma nova sede para a câmara de vereadores”, acrescentou ele, no post.
O presidente do Legislativo respondeu. “Mentiras são ditas, para promoção pessoal, acredito que se a população buscar a verdade terá com certeza uma ideia diferente sobre a realidade dos fatos, é uma pena que um assunto de extrema importância se reduza a uma tentativa de denegrir a imagem dos colegas para uma infeliz tentativa de promoção própria”, escreve Blau.
Rodrigo Martini: rodrigomartini@jornalahora.inf.br