A agência FGTAS/Sine realizou expediente diferenciado nessa sexta-feira, 27. Inserida na programação do Empregar RS, a unidade proporcionou o encontro entre empregadores e candidatos ao mercado de trabalho. Foram oferecidas 37 vagas para cerca de 150 candidatos, que compareceram à sede do órgão no município, entre 9h e 16h.
Promovido pela Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social, o Empregar RS ocorre todos os anos no RS. Nesta edição, mais de 70 agências aderiram ao programa. Com foco na contratação imediata de mão de obra, as atividades consistem em reuniões, palestras e entrevistas entre pessoas em busca de trabalho e representantes de empreendimentos interessados em contratar.
Em Lajeado, quatro empresas ofertaram oportunidades para funções de auxiliar de linha de produção, conferente, auxiliar de depósito, fiscal de prevenção de perdas e motorista. Também foram disponibilizadas vagas de estágio dentro do programa Jovem Aprendiz, nas áreas de administração e logística.
Após o preenchimento de cadastros e análises por parte da equipe da agência, os candidatos que se ajustam aos perfis procurados pelos empregadores foram encaminhados de forma imediata para as entrevistas. “Em razão da diminuição da oferta de vagas, este dia proporciona que o trabalhador realmente consiga conversar com a empresa”, afirma a administradora do Sine em Lajeado, Carine Heineck.
Qualificação
Sobre as dificuldades enfrentadas na busca de emprego, Carine frisa a importância de os candidatos investirem em qualificação profissional, por meio de cursos profissionalizantes e da continuidade dos estudos escolares. Com tantas pessoas desempregadas, os empregadores estão mais exigentes. “Hoje as empresas estão em condições de escolher o candidato. Então, quanto mais qualificado ele estiver, maiores serão as suas chances de ingressar no mercado de trabalho”, destaca.
Candidato a uma vaga de motorista, Igor Vitório Garbini, 20, busca emprego faz cerca de duas semanas. Com a possibilidade de ser atendido pelos representantes das empresas no própria sede do Sine, ele acredita ter mais chances de se empregar. “Falando com os próprios chefes das empresas, é mais fácil dar certo”, comenta.
Antônio Marcos Machado, 44, lamenta que poucas empresas enviaram representantes ao Empregar RS. Para ele, o poder público deve ser mais pró-ativo para ajudar as pessoas a se empregar. “Esse tipo de iniciativa precisa acontecer muito mais, não só no Sine, mas em outros setores do município”, sugere. “A pessoa que procura qualificação profissional normalmente está desempregada. Para realizar um curso, ela terá custos, e isso dificulta.”
Desempregado faz seis anos, Silvio Fernandes Kamini, 46, reclama que as empresas exigem experiência, mas não dão oportunidades para que as pessoas a desenvolvam. Com Ensino Fundamental incompleto, está com dificuldades para ser aceito no mercado de trabalho. “Há um tempo atrás, as vagas não exigiam nem primeiro, nem segundo grau completo”, compara.
Alexandre Miorim: alexandre@jornalahora.inf.br
