Contran define multas a ciclistas e pedestres

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Contran define multas a ciclistas e pedestres

Autuações poderão ser aplicadas a partir de maio. Valores vão de R$ 44,19 a R$ 130,16

Contran define multas a ciclistas e pedestres
Brasil

Pedestres e ciclistas serão multados, a partir de maio de 2018, caso desrespeitarem regras de trânsito. As penalizações já estavam estabelecidas no Código de Trânsito, mas ainda faltava uma regulamentação. O que foi feito na sexta-feira pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), por meio de resolução publicada no Diário Oficial da União.

Conforme o artigo 254 do código, poderão ser autuados pedestres que cruzarem pistas em viadutos, pontes ou túneis. O mesmo vale para quem atravessar em áreas de cruzamento. O valor da multa será de R$ 44,19.

Para os ciclistas, é considerado infração conduzir bicicleta em passeios, onde não seja permitida sua circulação, ou dirigir de forma agressiva. Eles deverão pagar R$ 130,16, e ainda terão a bicicleta recolhid.

As autuações ficarão sob a responsabilidade das autoridades de trânsito. Quando constatarem a irregularidade, deverão fazer um auto de infração. No registro, deverá constar o nome completo e número do documento de identificação do infrator. Endereço e número do CPF também podem ser acrescentados. No caso dos ciclistas, ainda devem ser anotados marca e modelo.

Adaptação complicada

Agentes de trânsito em Lajeado, Cassio da Silva e Cândido Scherer, acreditam que a adaptação de pedestres e ciclistas às novas regras será difícil. Todos os dias, eles percebem inúmeras irregularidades. “Toda a região central é complicada, sobretudo as travessias fora da faixa.”

Eles tentam orientar, mas não são bem recebidos. Segundo a dupla, atuante faz mais de cinco anos, as abordagens só geram tumulto, pois a maioria das pessoas desconhece a existência de autuações para além dos motoristas. Para Scherer, o tempo de adaptação deverá ser extenso.

“Apesar de estar no código faz 20 anos, muitos não sabem. Agora será complicado implantar. Precisará de uma mudança cultural bem grande para ocorrer”, considera Silva. Ele não vê a norma na prática. “Pra mim vai ficar na teoria, pois são várias dificuldades.” Uma delas será identificar pedestres que não aceitarem a abordagem.

Carolina Chaves da Silva: carolina@jornalahora.inf.br

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