O arquiteto Ricardo Muccillo apresentou uma nova planta para a construção da sede do Legislativo. A sugestão é usar a área da antiga Praça Mário Lampert, na rua Júlio May, centro. O orçamento para a obra e a mobília das salas, gabinetes e plenário não ultrapassaria R$ 5 milhões.
Muccillo não cobrou pelo projeto. Baseado em informações sobre o terreno, o arquiteto detalhou o esboço entregue aos 15 parlamentares. São três andares com 1,8 mil metros quadrados de construção, e mais um estacionamento com cerca de 40 vagas.
No térreo, a proposta é instalar um estabelecimento gastronômico independente da câmara. Junto ao ponto, sugere a recepção, a secretaria, uma sala de reuniões e o gabinete do presidente da câmara. A fachada do prédio seria de vidro, com um pequeno deck e uma entrada coberta para embarque e desembarque.
No segundo andar, ficariam 21 gabinetes para vereadores – número de parlamentares que só é permitido em cidades com 120 mil ou mais habitantes. Cada um teria entre 10 e 12 metros quadrados, com banheiro individual. No mesmo pavimento, haveria três salas para comissões e reuniões e ainda uma copa.
Muccilo diz que o terceiro andar sediaria o plenário, com aproximadamente 200 lugares. O novo projeto para utilização do terreno da Praça Mário Lampert é mais barato do que a proposta apresentada ainda em 2005, pela Seavat. Na época, o orçamento para um prédio de quase cinco mil metros quadrados estava em R$ 4 milhões e hoje poderia ultrapassar a cifra de R$ 15 milhões.
Permuta por imóveis públicos
Nas próximas semanas, o diretor da Lyall Construtora e Incorporadora, Roberto Lucchese, deve apresentar outra proposta. O empresário sugere a construção da sede na av. Piraí, no bairro São Cristóvão, próximo à esquina com a rua Felipe Coelho.
No local, Lucchese projeta um prédio comercial com 15 mil metros quadrados. A sugestão é instalar gabinetes, salas de reuniões, de comissões e plenário no primeiro andar desse complexo comercial. O valor próximo de R$ 2 milhões seria custeado pela Lyall e, como contrapartida, a empresa receberia imóveis ou terrenos públicos.
Presidente da câmara, Waldir Blau (PMDB), não gosta da ideia de levar a câmara para o bairro São Cristóvão. “Não é interessante se distanciar do centro e do Executivo. Esse também é o pensamento de outras entidades civis”, resume.
Sobre a proposta de R$ 4,5 milhões, prefere analisar mais antes de opinar. Além dessas, o Legislativo também avalia a compra de dois imóveis antigos: o prédio da Acvat, na av. Benjamin Constant, por R$ 6,5 milhões; e o Alvorada Center, na av. Alberto Pasqualini, por R$ 6,9 milhões. Ambos careceriam de reformas e adequações.
Sessão de ontem
Os vereadores aprovaram projeto que obriga o fechamento de buracos e valas abertos na rua por concessionárias ou permissionárias de serviços públicos, por ocasião de obras de manutenção. Conforme a matéria, haverá prazo de cinco dias úteis para o conserto a partir do término da obra, podendo ser prorrogado para dez dias.
Outro projeto aprovado prevê a regulamentação dos veículos de tração animal. A proposta restringe o tráfego em determinadas ruas da região central e determina a redução gradativa do meio de transporte. Também foi aprovada a criação do programa municipal Adote uma Escola.
A câmara ainda avaliou a matéria que obriga a instalação de câmeras de monitoramento nas creches. Ainda ontem, e mediante acordo de líderes partidários, o plenário aprovou a abertura de crédito especial de R$ 1 milhão para construção do novo quartel do Corpo de Bombeiros.
Por fim, foi aprovado repasse de R$ 100 mil da câmara para a Secretaria de Saúde (Sesa). O dinheiro será usado para ampliar o número de cirurgias eletivas.
Rodrigo Martini: rodrigomartini@jornalahora.inf.br