A insegurança levou a uma decisão que prejudica a população de Boqueirão do Leão e Progresso. Após ataque nas agências do Banco do Brasil dos dois municípios no início do ano, a instituição optou por não reformar e reabrir as unidades.
O gerente da agência de Boqueirão do Leão, Mário Pithan, acompanhou o superintendente regional de Passo Fundo em reuniões com os prefeitos. Dil Marcos Richesky, prefeito em exercício, lamentou a decisão do banco. “Estamos tristes pela notícia. É uma decisão a nível nacional de que agências de pequeno porte sinistradas não serão reformadas”, comenta.
Correntistas do BB serão atendidos em agências regionais, tendo como referência Lajeado, para clientes de Progresso, e Venâncio Aires, no caso de Boqueirão do Leão. O direcionamento dos clientes também é feito para plataformas on-line.
“Estão acontecendo muitos assaltos, não só aqui, em todo o lugar os bandidos saem ilesos. Com certeza, o banco vai fazer muita falta na cidade. Acredito que as autoridades têm que fazer algo nesse sentido”, desabafa o aposentado Denis Henrique Zago.
Morador de Progresso, precisa se deslocar a Lajeado para fazer saques. Ele estuda trocar de instituição.
Lisane Dias, auxiliar de produção, também reclama da decisão. “Meus pais são aposentados e recebiam no Banco do Brasil, isso será um transtorno muito grande. Antes já tinham que gastar em ônibus ou táxi para ir receber em outros lugares porque aqui nos Correios faltava dinheiro. Agora, se não reabrir, será muito pior, é um descaso com a população.”
Banco Postal
Uma das alternativas à população vem sendo o Banco Postal junto à agência dos Correios. No entanto, o serviço também está ameaçado. Por causa da violência, os Correios deixarão de prestar serviços bancários em todo o país. A decisão foi tomada no início do mês.
Conforme o gerente da agência em Boqueirão do Leão, Carlos Molz, pelo menos até janeiro, os serviços bancários serão disponibilizados. “Ainda não veio um aviso específico, embora já se fale no encerramento desse acordo entre o BB e os Correios”, observa.
Felipe Neitzke: regional@jornalahora.inf.br
