“O professor medíocre conta. O bom professor explica. O professor superior demonstra. O grande professor inspira.” A frase do educador e escritor norte-americano William Arthur Ward simboliza a essência de uma das profissões mais nobres e relevantes à sociedade.
Ensinar e educar são os atributos essenciais do professor. Domingo é o deles. Ainda que assegurar aprendizagem aos alunos seja seu papel número 1, ser professor vai muito além. Heley Abreu, que, numa creche sem extintor de incêndio, no interior de Minas Gerais, retirou alunos pela janela e lutou contra um incendiário, salvando assim a vida de muitas crianças, é o exemplo recente de como inspirar sem gramática, tabuada ou fórmula.
Heley simboliza o empenho dela e de milhares de professores, que no dia a dia da profissão, garantem a segurança dos alunos sob seu cuidado.
A melhor forma de agradecer e reverenciar os professores neste domingo é refletir sobre a profissão e analisar o tamanho do desafio que docentes enfrentam diariamente em meio a uma sociedade em constante transformação.
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Ainda que o dia 15 transcorra em meio a uma das mais extensas greves dos professores da rede estadual, atingidos sobremaneira pelo parcelamento dos salários do Executivo, é imperioso não serem tratados como vítimas. Embora haja muito o que fazer para valorizá-los mais, convém reconhecê-los como profissionais com orgulho de suas práticas e que constroem coletivamente uma nova geração que atuará em novos tempos.
A revolução tecnológica e a permanente transformação social transferem para os docentes ainda mais responsabilidades e tarefas. O século 21 nos reserva incertezas. Teremos maior instabilidade no trabalho, especialmente com a automação e a robotização, ameaças de retrocessos políticos e institucionais e demanda de competências para solução de problemas complexos para quem quer ter uma vida profissional e pessoal significativa.
Para que o professor busque inspiração e motivação diária para preparar nossos jovens para estes tempos incertos, é preciso, além de pagar salário em dia, reconhecê-lo enquanto mestre e agente essencial para a evolução da sociedade e do indivíduo.
