Solidariedade move pessoas para ajudar empresário

Lajeado

Solidariedade move pessoas para ajudar empresário

Almir Guedes precisa de transfusões quase diárias para tratar leucemia

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Lajeado

A contribuição de moradores da região será necessária à luta de um morador de Rio Pardo. Almir da Silva Guedes, 58, está internado no Hospital Bruno Born (HBB) com diagnóstico de leucemia e precisará de transfusões quase diárias para se manter vivo.

Grupos do Vale do Rio Pardo se organizam para ajudá-lo. Porém, serão pelo menos oito meses de tratamento para curar a doença, descoberta há cerca de 15 dias. Com sintomas de gripe, Guedes teria procurado o médico e informou sobre uma dor na lateral da barriga.

Um simples exame de sangue apontou a redução nas plaquetas, confirmada por meio de uma tomografia. O diagnóstico era leucemia, tipo de câncer no sangue iniciado na médula óssea, sem origem conhecida.

Doença rara em adultos, que exige quimioterapia e transfusões de sangue. Durante os nove dias de internação no HBB, o dono de uma lancheria no centro de Rio Pardo precisou de duas bolsas de plaquetas, cada uma com sangue de pelo menos quatro doadores. Cerca de 30 pessoas, moradoras da cidade, foram até o Hemovale ontem para contribuir com o empresário.

Amigos e familiares foram pegos de surpresa com a notícia da doença. Se organizaram rápido, para ajudar. Nilson dos Santos Peixoto, 64, veio com a mulher, o filho e a nora. Queria garantir o máximo de apoio ao amigo de longa data. “Estamos torcendo para ele se recuperar. Têm muitos se oferecendo para doar, mas quanto mais, melhor.”

Guedes permanecerá internado nos próximos 30 dias. Eva, sua mulher, o acompanha

Guedes permanecerá internado nos próximos 30 dias. Eva, sua mulher, o acompanha

Faz 30 anos, os dois trocaram as primeiras palavras no comércio da cidade, quando Guedes ainda era gerente de uma loja. Anos mais tarde, junto com outros conhecidos, formaram o Bate Bola Futebol Society. O grupo se reúne às segunda-feiras, para jogar futebol e integrar as famílias. Foi assim que Luciane Batú, 52, conheceu Guedes. Antes, apenas o via na lancheria. “Quando fiquei sabendo, nem hesitei. Viemos logo para doar.”

Mulher do empresário, Eva Lima Menezes, 63, agradece o auxílio. Em meio às lágrimas, diz jamais ter esperado tanto apoio. Ex-moradores de Santana do Livramento, chegaram a Rio Pardo faz mais de três décadas. Desde os primeiros anos, se sentiram em casa. “Quando passamos por um momento assim, é muito bom ter com quem contar.”

Guedes deve permanecer internado em Lajeado, pelo menos, durante os próximos 30 dias.

Exercício de cidadania

Enfermeira da Hemovale, Marina Vieira, ressalta a importância do aumento de doações nestes momentos. Lembra que, além de doar para alguém específico, as pessoas podem comparecer ao banco para beneficiar desconhecidos.

Além de Guedes, pelo menos outras cinco pessoas precisam de plaquetas. Cerca de 20 a 30 transfusões são realizadas todos os dias para pacientes da Hematologia. “Cada doação tem uma unidade de plaqueta. A cada transfusão, usamos em torno de seis a oito. Então, por isso, precisamos de tantos doadores para pacientes com doenças desse tipo”, afirma.

Nos últimos meses, as doações estão num nível considerado bom, uma média de 40 por dia.

Número que precisa ser mantido e ampliado para garantir o atendimento no hospital.

Saiba mais

Grupos interessados em doar precisam agendar, por meio do 3748-0442 ou 3011-0631. O Hemovale fica no segundo andar do HBB, com acesso pela avenida Benjamin Constant. Funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30min às 14h. No sábado, o expediente é das 7h30min às 11h.

Para doar

• Pessoas com idade entre 18 e 69 anos. Doadores com 16 e 17 anos precisam estar acompanhados de um responsável.
• Estar bem alimentado.
• Pesar mais de 50 quilos.

Carolina Chaves da Silva: carolina@jornalahora.inf.br

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