Sindicância orienta a anulação de concurso

Estrela

Sindicância orienta a anulação de concurso

Investigação verificou falhas na segurança dos envelopes. Governo municipal se manifesta hoje

Sindicância orienta a anulação de concurso
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Depois da polêmica sobre a seleção de servidores, sindicância interna pediu a anulação do concurso. Durante a verificação, foram identificadas falhas na segurança dos envelopes com as provas. Para garantir transparência ao processo, o grupo sugeriu abrir uma nova concorrência. O processo deve ocorrer ainda neste ano.

A informação ainda é extraoficial. Segundo o secretário de Administração e Recursos Humanos, Jônatas dos Santos, a decisão deve ser oficializada hoje pelo prefeito Rafael Mallmann. “A sindicância apurou falhas no cumprimento de cláusulas contratuais pela empresa responsável pela aplicação. Isso colocou em risco a segurança do concurso.”

Segundo ele, mais detalhes serão divulgados ao longo do dia. O relatório feito pela sindicância ainda requer a homologação do prefeito. Uma reunião com o  tesoureiro do município, na manhã de hoje, define a forma de devolução do valor da inscrição aos candidatos.

Todas as informações serão divulgadas em nota oficial. Um edital também será publicado com a decisão da sindicância. O relatório com a homologação será encaminhado ao Ministério Público, órgão que sugeriu a apuração do caso antes de os novos servidores serem convocados.

A sindicância formada por três servidores concursados da prefeitura foi instituída no dia 13 de setembro. Nesse período, ouviram participantes que denunciaram problemas no dia de aplicação. Outros candidatos, da mesma sala, que não apontaram suspeitas, também foram   ouvidos.

Um dos principais problemas identificados foi o material dos envelopes. Eles eram feitos com papel pardo e lacrados com fita durex. Um material que não impedia a violação dos documentos. De acordo com Santos, fraudes como o uso de celular nas salas e conversas paralelas entre fiscais e candidatos foram descartadas pela comissão.

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Mais segurança

Para evitar difuldades semelhantes, a Secretaria de Administração acrescenta novos itens ao edital de escolha da empresa responsável pela próxima prova. O objetivo é ampliar a segurança do processo.

Conforme Santos, a Schnorr Contabilidade, Informática e Assessoria Ltda, responsável pela aplicação, não fica impedida de participar da licitação. Porém, para promover o novo certame, terá de atender os critérios de segurança estabelecidos em edital.

A intenção é promover nova prova até o fim do ano. O certame pretende selecionar profissionais de diversas áreas. “Vamos incluir os três cargos junto ao processo”, afirma .

Está prevista a seleção de 18 cargos para áreas da saúde, educação, fazenda, entre outras.

Entenda o caso

As provas foram aplicadas no dia 26 de agosto e visavam a ocupação de 25 vagas para monitor de educação, com salário base de R$ 1,1 mil, uma vaga para fiscal sanitário, com salário de R$ 5,1 mil, e outras três para fiscal de trânsito, com salário inicial de R$ 1,6 mil.

Participantes alegaram que concorrentes não entregaram documentos aos fiscais. Um dos candidatos alega ter visto outros usando aparelhos celular dentro das salas.

Houve queixas direcionadas à elaboração das perguntas diferentes da vaga solicitada.

No início do mês, um grupo de 20 pessoas encaminhou um abaixo-assinado ao Ministério Público, solicitando a anulação do concurso. Os participantes teriam respondido as questões em diferentes locais, mas apontaram as mesmas incoerências.

A partir disso, o promotor Daniel Cozza Bruno recebeu a denúncia e orientou a suspensão. A reportagem contatou a Schnorr Contabilidade, Informática e Assessoria Ltda, empresa responsável pela aplicação, mas até o fim da edição não obteve retorno.

Cássia Paula Colla: cassia@jornalahora.inf.br

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