Clientes de concessionárias de energia permanecem no escuro após mais de 48 horas do vendaval de domingo. O fenômeno foi sentido em todo o estado e, sem dúvida, é difícil prever o impacto pelas cidades gaúchas. As próprias responsáveis pelo abastecimento alertaram ao longo da semana passada sobre a possibilidade de intempéries meteorológicas provocarem problemas no abastecimento de luz.
Previsão acertada. Maioria das cidades gaúchas foi atingida pelos ventos que superaram 100 quilômetros por hora. Desde o temporal, equipes de manutenção trabalham para restabelecer a energia. Na região, até ontem a tarde, ainda tinha 3,5 mil consumidores sem abastecimento.
Além do percalço para os clientes, também há problemas de ordem econômica. Comerciantes perdem vendas e produtos. Agricultores, em especial na cadeia leiteira, têm prejuízos. Algumas empresas precisam suspender as atividades. Escolas ficam sem aulas, o que obriga pais a faltarem o trabalho.
Isso demonstra carências no sistema de distribuição. Ainda há muitos postes de madeira. As imagens vistas pelo RS comprovam. A maioria dos casos em que houve queda dos fios foi desse tipo de estrutura.
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A troca dos postes por materiais de concreto garante mais segurança e pode evitar a falta de energia e até mesmo acidentes graves. Esse é um investimento que as concessionárias devem fazer de maneira periódica. Cabe ressaltar que no Vale, em especial no interior, ainda há muita reclamação devido às condições dos postes de energia.
Outro ponto que deve ser visto com atenção pelas companhias é o serviço de atendimento ao cliente. Há relatos em que consumidores tentaram por horas contato com os telefones do plantão e não conseguiram. Pode-se imaginar que isso se deva ao número elevado de pessoas buscando contato para relatar algum problema, mesmo assim, é necessário melhorar o serviço.
Por fim, importante pesar a situação atípica. Um temporal, com ventos com uma força surpreendente. Sem dúvida, isso trouxe transtornos e teria como consequência problemas no abastecimento. Entende-se a dificuldade para as companhias. Agora, é preciso estar preparado para reduzir o máximo possível as consequências dessas intempéries.
